1 de Maio de 2024

Dólar

Euro

Cidades

Jornal Primeira Página > Notícias > Cidades > Em escola improvisada, filho fica de castigo por 3 horas e meia

Em escola improvisada, filho fica de castigo por 3 horas e meia

16/01/2014 22h18 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Em escola improvisada, filho fica de castigo por 3 horas e meia

Os moradores do Jardim Zavaglia, em São Carlos, estão cobrando o início das obras da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Maria Ermantina Tarpani, que funcionava, de forma improvisada, no canteiro de obras do residencial. Atualmente, os alunos são atendidos no Centro da Juventude do Cidade Aracy. Uma das mães ouvidas pela reportagem do Primeira Página também reclamou do método pedagógico da escola. Segundo ela, o filho ficou de castigo por 3 horas e meia durante as aulas de reforço.

 

A diarista Eliane da Silva mora em frente ao espaço destinado à escola. Um dos filhos dela, de 8 anos, precisa se deslocar ao Centro da Juventude do Aracy II para estudar. “Tudo bem que o ônibus pega o meu filho na porta de casa, mas a escola fica na porta da minha casa. Se ele pudesse estudar aqui, a gente ficaria mais tranquila”, reconhece.

Nilda da Silva conta que a caixa d´água e o alambrado da antiga escola foram retirados em agosto do ano passado e até agora não houve nenhum movimento de início das obras.

“A gente sabe que a escola era bem improvisada e como mãe ficava preocupada com os riscos que as crianças sofriam, mas o bairro é carente de transporte público. Passa ônibus, somente, de hora em hora. Como fazer para levar e buscar os filhos em outras escolas?”, questiona.

 

CONTRAMÃO

Enquanto moradores querem a construção da escola municipal para abrigar os filhos, Elaine Cristina Prediger segue na contramão da história. Ela pretende tirar os dois filhos, Gabriel, de 6 anos, e Ana Lara, de 10, da Escola Maria Ermantina Tarpani.

Um vídeo publicado na Internet mostrou crianças de castigo no Centro da Juventude do Aracy. “Para a minha surpresa, um dos que estava de castigo era o Gabriel”, relatou.

A mãe ficou sabendo da história apenas na última sexta-feira (10). “Eu estranhava que ao aprontá-lo para ir à escola, ele sempre recusava”, disse.

Segundo Elaine, no dia do castigo, o menino ficou no reforço escolar no período da tarde. “Em vez do reforço, ele ficou 3 horas e meio de castigo. Foi um trauma para ele”.

A mãe explicou que pretende tirar os dois filhos da escola por conta desses transtornos. O defensor público que cuida das questões da infância e juventude, Jonas Zoli Segura, pretende ouvir o relato da mãe sobre o problema.

 

OUTRO LADO

A edificação da Emeb Maria Ermantina Tarpani estava sob a responsabilidade da Ceraço Construtora, que segundo a Prefeitura, abandonou a obra no final do ano passado. A Prefeitura tentou encerrar o contrato antecipadamente, mas não conseguiu. O contrato terminou em 10 de janeiro.

Sobre as denúncias de Elaine, a Prefeitura informou que a Corregedoria da Prefeitura abrirá uma sindicância para apuração do fato.

A Prefeitura, através da assessoria de imprensa, justifica também que, com relação às denúncias sobre um eventual castigo praticado por servidores da EMEB Maria Ermantina Carvalho Tarpani, no Jardim Zavaglia, contra alunos da unidade, a prefeitura esclarece que. Já foi aberta sindicância junto à Corregedoria Municipal, visando completa apuração dos fatos. As imagens reproduzidas nas redes sociais foram captadas sem autorização e expõem, de forma indevida, a identidade de menores de idade, fato proibido por lei.

 

A Procuradoria Geral do Município aguarda parecer da Corregedoria, para tomar providências em relação ao assunto. A Prefeitura reafirma, por outro lado, a sua total confiança nos profissionais da Educação lotados na referida EMEB e vai aguardar a apuração dos fatos.

 

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x