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Empresa pesquisa produção de plástico com resíduos de chocolate

01/04/2017 21h23 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Empresa pesquisa produção de plástico com resíduos de chocolate

Incubada na Fundação Parque de Alta Tecnologia há três anos, a empresa Afinko Soluções em Polímeros está pesquisando a produção de plástico à base de resíduos de chocolates. Os restos do produto são obtidos em uma fábrica de chocolates em Indaiatuba, no interior paulista e estudados no laboratório da empresa em São Carlos.  

Com investimento de R$ 200 mil, obtidos através de institutos de fomento, como R$ 200 mil da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e do CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa Tecnológica), a empresa é comandada pelo doutor em engenharia de  materiais pela UFSCar, Henrique Finocchio.  

Ele explica a pesquisa atual. “Nós temos uma linha de desenvolvimento de compósitos poliméricos. As matrizes que nós utilizamos são matrizes oriundas de plásticos reciclados. A outra parte que usamos dos compósitos são as cargas de origem vegetal. Geralmente nós procuramos resíduos industriais problemáticos para as diversas indústrias. Trabalhamos com bagaço de cana, bagaço de laranja, cevada, e outras. Mas o nosso projeto mais avançado é um resíduo oriundo da indústria de chocolate. É um resíduo à base de cacau. Então podemos falar que são os restos da indústria de chocolate. Nós fazemos um tratamento, que é nosso segredo industrial, mas vai muito bem quando incorporado em plástico. Ele se transforma em plástico”.

Finocchio ressalta que sua pesquisa com uso de resíduos de chocolate pode dar uma nova aplicação a um produto que seria queimado. “O principal destino destas cargas vegetais, que são biodegradáveis, é a queimada. Conseguimos unir tudo isso num material só.  Geralmente os materiais que são descartados continuam em excelente estado para serem utilizados. A política nacional de resíduos sólidos fortalece muito estes projetos que atuam na logística reversa. Algumas empresas nos contratam para dar fim ao lixo deles. É necessário acabarmos com o preconceito com o material reciclado. Muitos associam o reciclado com material de menor qualidade. Na verdade são materiais que estão ligados à sustentabilidade e manutenção do meio ambiente”. 

Na Fundação ParqTec, a Afinko gera seis empregos nas pesquisas de novos produtos e também na prestação de uma variedade de serviços, entre eles, ensaios laboratoriais, identificação de materiais, controle de qualidade, pesquisa, desenvolvimento e inovação, análises de falhas, cursos, consultorias e outros. Para deixar a ParqTec e implantar uma sede própria, a Afinko estima a necessidade de um aporte de R$ 1,5 milhão junto aos órgãos de fomento à pesquisa. 

Com clientes como a Brasilit Saint Gobain, Ford, Magnesita, Tetrapak, Suzano Papel e Celulose, Ouro Fino Saúde Animal e o laboratório farmacêutico EMS, a Afinko está consolidada no mercado. “Nós trabalhamos com laboratório fazendo análise para todo o tipo de indústria e para todas as regiões do Brasil. Nossa empresa é um laboratório.  Com este conhecimento que ganhamos com a indústria farmacêutica e com a indústria automotiva e tudo o mais, criamos uma linha de pesquisa e desenvolvimento que buscamos criar soluções neste sentido. Então, prestamos serviços e tentamos desenvolver produtos.” 

 

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