Entidade defende reposição de 15% aos salários de policiais
O governador Geraldo Alckmin anunciou aumento de 7% para a Polícia Militar, para a Polícia Civil e para a Polícia Técnico Científica. O reajuste será estendido aos agentes penitenciários, além de aposentados e pensionistas destas categorias.
Serão beneficiados 172 mil policiais militares, 53 mil policiais civis e 33 mil agentes penitenciários. O governo argumenta que o reajuste acumulado desde 2011 será de 36,59%, já que é a terceira vez desde 2011 que Alckmin concede aumento salarial acima da inflação do período. A inflação acumulada (IPC-Fipe) nos últimos três anos é de 17,92%, e o reajuste chegará a 36,59%.
Para o presidente da Associação de Funcionários da Polícia Civil de São Paulo (AFPCESP), Hilkías de Oliveira, o governo não concedeu a reposição de perdas da inflação na data-base de março 2013, como devia. “Exigimos a reposição imediata das perdas inflacionárias que corroeram os salários dos policiais. O reajuste correto, que beneficiaria o quadro ativo, aposentados e pensionistas deveria ser 15%”, acredita.
Para o presidente da Associação, a reposição de 15% corresponde ao atraso das concessões dos reajustes passados. “Os percentuais divulgados para março de 2011 só foram pago em julho de 2011; na reposição de perdas de 2012, o pagamento aconteceu em agosto de 2013. E os 7% anunciados agora, creio, devem ser pagos de outubro a dezembro”.
Para a presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adesp), Marilda Pansonato, o reajuste está muito distante do que as polícias reivindicam. “É apenas uma reposição inflacionária e não traz nenhum alento à categoria”.
Segundo o governo do Estado, o reajuste vai custar R$ 983 milhões por ano aos cofres do Estado. O governo admite limitações para o reajuste. No Orçamento de 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) estava previsto em 4,5% e a soma de todos os bens e serviços produzidos deve fechar o ano em 2%.