Equipe da USP participa da etapa nacional da Fórmula SAE
Acontece neste final de semana a etapa nacional da Fórmula SAE, da qual participa uma equipe da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, formada há 10 anos. A disputa acontece em Piracicaba.
Renan Stefanutti, gerente de marketing da equipe, explica que a disputa é formada por provas estáticas e dinâmicas. As primeiras visam avaliar se as várias determinações feitas pela organização da competição foram realmente obedecidas: “Isso é feito para que não haja uma competição desleal e também para garantir a segurança dos pilotos”.
Já as provas dinâmicas têm o objetivo de avaliar o desempenho do carro. Um exemplo dessas provas é o enduro: “São 22 voltas consecutivas em que o carro não pode quebrar, é um teste de resistência”, explica Stefanutti. Nessa etapa são medidos o consumo do carro e o tempo em que o veículo percorre o trecho.
Os dois primeiros colocados na etapa nacional seguem para a disputa mundial: “Ano passado ficamos em terceiro justamente porque nosso carro teve um problema em um item de segurança durante o enduro. O carro parou, mas ainda assim pegamos em terceiro, e nossa expectativa este ano é vencer”, diz.
O mundial é o grande objetivo da equipe: “Queremos levar o nome da EESC para lá. Já temos até um pré-acordo com patrocinadores que, se formos para o mundial, conseguimos uma verba extra. Então é muito interessante conseguir chegar ao mundial”.
Durante a fase de testes, a equipe chegou a levar o carro até Piracicaba no intuito de permitir que os pilotos sentissem as condições da pista onde acontecerá a disputa.
O lançamento do modelo E60, desenvolvido pela equipe formada por cerca de 70 pessoas, aconteceu no dia 12 de setembro. Ele é dividido em vários grupos, cada um responsável por uma área do desenvolvimento do carro, e cada um coordenado por um chefe: “Cada membro adquire conhecimento na prática da engenharia em um ambiente que se assemelha ao de uma empresa”, explica Stefanutti.
Mas salienta que embora seu funcionamento lembre o de uma empresa, com chefes e subordinados, o espírito de equipe é o grande motivador do grupo: “Todos vão para competição. Inclusive é uma determinação da diretoria. Apenas 20 deles vão mexer no carro, mas as outras vão para dar suporte, ajudar no que precisar. O time tem que estar ali”.
