Estudo aponta deficiência na macrodrenagem de São Carlos
O professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos, Swami Marcondes Villela, desenvolveu um Plano Diretor Hidrográfico sobre a vazão de rios e córregos da cidade. Professor Villela também é Diretor Técnico da empresa SHS Engenharia Sustentável.
Segundo ele, a microdrenagem do município que são a galerias de água pluviais, tem defeitos, mas não é o problema mais grave. “Pode até ser insuficiente, mas não é a causa de enchentes ou alagamentos. Em cidades montanhosas com ruas de declives acentuados é difícil o problema ser com bueiros, com chuvas fortes a água corre tão rápido pela ‘boca’ que pouco volume cai nas galerias. O problema mesmo está na macrodrenagem”, afirma Villela.
A recente divulgação do Censo 2010 do IBGE mostra um dado interessante sobre a baixa porcentagem de bueiros na cidade região.Em São Carlos37,27% das via possuem bueiros, em Araraquara o percentual é de 28,87% e Rio Claro de 29,77%. O que poderia provocar em épocas de chuvas fortes e constantes, a insuficiência do escoamento das águas pluviais.
Segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura seria necessária uma análise mais ampla, para avaliar os projetos e obras para redução de alagamentos, o que necessitaria de prazo maior para pesquisa.
O estudo feito pelo professor foi direcionado e focado na macrodrenagem como causa dos transtornos de pequenas enchentes e pontos críticos de alagamento.
De acordo com seus estudos, o problema de alagamentos na rotatória do shopping é o mau escoamento do rio monjolinho sob a linha férrea, Ali há um canal a água do rio passa que foi construído no inicio para comportar 100 m³/s. Mas para os dias atuais com o crescimento da urbanização e a impermeabilização do solo, seria necessário o alargamento do canal para a vasão 400 m³/s.
Em todo Plano Diretorfoi destacado os pontos mais críticos de alagamento e enchentes, e considerados como obras prioritárias do município. No relatório que foi entregue a Prefeitura Municipal ficaram descritos os trabalhos junto as medições necessárias para cada problema.
Segundo Villela há apenas duas formas de se evitar o transbordamento dos canais. Primeira solução: construir barragens, ou os conhecidos piscinões, nos pontos altos e ao redor da cidade para que contenham mais as águas que descem pelos rios. Segunda Solução: alargamento dos canais para que comporte o volume de águas fluviais e corra livremente.
O professor admite que o investimento para todas as obras é muito alto, mas espera que pelo menos as mais prioritárias possam ser feitas. “São obras necessárias e que se feitas corretamente com todas as etapas concluídas terminarão com os transtornos provocados ano a ano pelas águas da chuva”, comenta Villela.
PROF, SWAMI.
MEU PAI “ DOMINGOS BARALDO “ ADMIRADOR DO SR. GOSTARIA MUITO DE REVE-LO.
UM GRANDE ABRAÇO
RENATA