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Greve dos bancos começa a refletir em movimento de lotéricas

20/09/2013 22h24 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Greve dos bancos começa a refletir em movimento de lotéricas

As lotéricas, principalmente as da região central, começam a receber um fluxo de clientes maior por conta da greve dos bancos que começou na última quinta-feira (20). As agências do banco Santander de São Carlos estão com as atividades paradas. “Só o banco Santander concentra algo em torno de 250 bancários”, disse Adilton Del Nero, vice-presidente do Sindicato dos Bancários de São Carlos. Itaú, HSBC, Banco do Brasil, Bradesco e Caixa retardaram o atendimento ao cliente por uma hora.

 

Segundo José Roberto Luchesi, proprietário de uma lotérica no Mercado Municipal, o movimento aumenta em torno de 20% com a greve dos bancários. “Hoje [ontem] estamos no dia 20, período em que muitas pessoas recebem o vale e usam o dinheiro para pagar contas”, explica.

De acordo Luchesi, o perfil de cliente que procura a lotérica é aquele que pretende pagar boletos. “Porém, as lotéricas recebem boletos de até R$ 700”, pondera.

“Hoje, a Caixa oferece às lotéricas grande parte dos serviços bancários, então o movimento não se torna tão acentuado”, afirma.

Núbia da Silva, que gerencia uma lotérica na Baixada do Mercado, confirma o mesmo percentual de acréscimo nas lotéricas. “Os saques e os depósitos aumentam no período de greve”, observa.

Jéssica da Silva trabalha em um lotérica na rua Antônio Blanco, no Costa do Sol, e por enquanto não notou aumento significativo no movimento. “A greve não diminuiu e não aumento a frequência dos clientes”.

 

CONTINUIDADE

O vice-presidente do Sindicato dos Bancários argumenta que a greve deve continuar tendo em vista que a Federação Nacional dos Bancos (Febraban) não sinalizou uma nova negociação. “Infelizmente, os banqueiros se recusam em atender as reivindicações da categoria”, diz Adilton Del Nero.

Os bancários reivindicam 11,93% de reajuste, equivalente à inflação dos últimos 12 meses mais 5% de ganho real, além de valorização do piso salarial, maior participação no lucro dos bancos e mais empregos.

Querem também o fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades. Os bancos ofereceram reajuste de 6,1%.

 

Fundação Procon faz orientações sobre greve

A Fundação Procon São Paulo orienta o consumidor sobre o pagamento de contas durante o período de paralisação dos bancos. De acordo com a entidade, embora a greve não afaste a obrigação do consumidor de pagar faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança, a obrigação da empresa credora é oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados.

Para não ser cobrado de eventuais encargos e, ainda, para que seu nome não seja enviado aos serviços de proteção ao crédito, a recomendação do Procon-SP é que o consumidor entre em contato com a empresa e peça opções de formas e locais para pagamento, como internet, sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos, dentre outros.

O consumidor deve documentar esse pedido (enviar e-mail ou anotar o número de protocolo de atendimento, por exemplo), para que, caso o fornecedor não atenda, o a tentativa de quitar o débito, possa reclamar ao Procon-SP.

 

É importante que o consumidor não adquira, sem conhecer em detalhes, pacote de serviços oferecidos por bancos, voltados a facilitar a quitação dos débitos durante a greve.

 

 

 

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