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Grevistas da Embrapa reclamam de retaliação

08/09/2012 14h24 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Grevistas da Embrapa reclamam de retaliação

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), que representa os funcionários da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) reclama o corte de benefícios e do salário referente aos dias parados por conta da greve.

 

O presidente do Sinpaf, Rui Machado, afirmou que benefícios conquistados ao longo de 40 anos foram cortados como os adicionais de insalubridade  e o de periculosidade  – direcionados ao servidores que trabalham com animais de grande porte e não domesticados.

“Com esses cortes perto de 25% dos funcionários da Embrapa terão aproximadamente um terço de sua renda cortada. Eles não vão poder cumprir com os compromissos familiares”, afirmou.

Machado disse ainda que essa atitude da direção da empresa se dá como retaliação ao ajuizamento do dissídio coletivos da categoria junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) em seis de junho. “Na primeira audiência de conciliação a Embrapa não quis acordo”, disse.

O presidente do sindicato elenca como benefícios perdidos pela categoria o direito a parcelar as férias em duas ocasiões e o acompanhamento de dependentes em tratamento médico. “Tudo isso foi por água abaixo”.

Em nota, a Embrapa informou que desde decisão do ajuizamento do dissídio coletivo contra a Embrapa foram realizadas duas audiências de conciliação e instrução do dissídio coletivo no TST. Na primeira delas, em 27 de julho, a ministra Maria Cristina Peduzzi, vice-presidente do Tribunal, apresentou uma proposta de conciliação à Empresa e ao sindicato para análise de ambos.

A proposta prevê reajuste salarial de 5,10%, auxílio alimentação de R$ 29,00 (o que totalizaria R$ 638,00 ao mês, levando-se em consideração a média de 22 dias úteis) e auxílio-creche 368,81 até o fim do ano em que a criança completa sete anos. Quanto aos dias não trabalhados na greve realizada em junho, Maria Cristina Peduzzi informou que sua compensação pode ser objeto de acordo, mas não formulou proposta nesse sentido.

O texto da Embrapa, afirmou ainda que o Sinpaf, informou à ministra que a maioria das assembleias realizadas junto aos empregados deliberou pela não aceitação da proposta formulada pelo TST. O Sindicato apresentou durante a audiência uma contraproposta que previa a manutenção das cláusulas sociais do último acordo coletivo e o percentual de 3,95% de ganho real correspondente ao PIB agrícola médio dos anos 2000 a 2011.

A Embrapa contestou o ajuizamento do dissídio coletivo instaurado pelo Sinpaf. O processo foi encaminhado ao Ministério Público do Trabalho para analise. Depois de concluído o processo será julgado pela Sessão Especializada de Dissídio Coletivo (SDC).

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