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Importância da saúde preventiva da mulher

08/03/2013 17h43 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Importância da saúde preventiva da mulher

Com a correria do dia-a-dia faz com que as mulheres cuidem cada vez menos de si mesmas. Comemorado em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher homenageia as mulheres e traz à tona os cuidados com a saúde e a prevenção, assuntos extremamente importantes. Segundo dados do Ministério da Saúde, o câncer de mama é o mais frequente entre a população feminina, seguido do câncer de colo do útero.

Carla Polido, docente do Departamento de Medicina da UFSCar, afirma que o câncer de colo de útero é hoje considerado uma doença sexualmente transmissível, porque a esmagadora maioria dos casos é decorrente da infecção pelo HPV (papiloma vírus humano). “A melhor forma de prevenção desse tipo de câncer é a prática do sexo seguro, especialmente através do uso da camisinha, mas também através da redução do número de parceiros sexuais e redução do início precoce da atividade sexual. Muito importante destacar que, apesar de haver disponível no mercado e muito possivelmente ser incorporada na rede pública a imunização (vacina) contra o vírus HPV, a realização anual da coleta da citologia oncótica cervical (o conhecido exame “de lâmina” ou Papanicolaou) é capaz de diagnosticar precocemente lesões pré-cancerosas, que podem ser tratadas, e evitar assim a doença invasora”, fala a professora.

De acordo com Carla, todas as mulheres sexualmente ativas ou a partir dos 25 anos de idade, independentemente do início da atividade sexual, devem ser submetidas anualmente à coleta do exame. “Em São Carlos, todas as unidades de saúde oferecem essa oportunidade. Assim como o câncer de mama, o câncer de colo também pode ser reduzido se a mulher evitar o tabagismo”.

Ela ressalta que o câncer de mama é uma doença que pode apresentar mais de 90% de chance de cura, se for diagnosticado a tempo. Em fases iniciais, a doença não causa nenhuma dor ou desconforto mamário, portanto a não realização do exame clínico anual em todas as mulheres, especialmente a partir dos 35 anos, é a única forma de rastreamento clínico. “A mamografia tem alta sensibilidade na detecção da doença, mas é limitada em mamas jovens, sendo mais bem indicada a partir dos 40 anos. As recomendações para evitar o câncer são a da manutenção de hábitos de vida saudáveis, redução do peso corporal, prática de atividade física, não fumar, não usar terapia hormonal da pré-menopausa ou menopausa, e visitar anualmente o ginecologista para exame clínico das mamas e solicitação de exames complementares, quando oportuno”.

A especialista ainda alerta que a mamografia deve ser realizada a partir dos 35 anos se há casos de câncer de mama em familiares de primeiro grau (mãe e irmãs) e rotineiramente a partir dos 40 anos, anualmente ou bianualmente, dependendo dos fatores de risco individuais. “A partir dos 50 anos, recomenda-se sua realização anual. A mamografia não dispensa o exame clínico das mamas, sendo na verdade um instrumento a mais no rastreio da doença”, observa.

As mulheres ainda insistem em não realizar certos exames, Carla acredita que a vergonha pode estar presente em algumas mulheres, mas a maioria não procura o serviço de saúde por falta de informação ou por delegar a prevenção de sua própria saúde como item secundário, preocupando-se mais com o restante da família, e não investindo em sua própria saúde.

 

RECOMENDAÇÕES

A partir dos 40 anos, mulheres devem aproveitar a ida anual ao ginecologista para identificar seus fatores de risco clínico individuais. “Mulheres nessa faixa etária podem estar propensas ao sedentarismo, obesidade, diabetes, hipertensão, disfunções da glândula tireóide, depressão, dislipidemias, cânceres de intestino. De acordo com a avaliação clínica, exames complementares podem e devem ser solicitados para o melhor acompanhamento e/ou identificação das situações possíveis. A alimentação saudável com frutas e legumes, a hidratação adequada com no mínimo dois litros de água ao dia, a prática de exercícios físicos, a dedicação a lazer e outras atividades lúdicas, a manutenção do peso corporal e a redução do tabagismo podem proporcionar às mulheres uma vida muito mais longa e saudável”, comenta Carla Polido, docente do Departamento de Medicina da UFSCar.

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