Itirapina está com um caso suspeito de H1N1
Nesta semana apareceu o segundo caso suspeito da gripe H1N1 na cidade de Itirapina. Ainda sem confirmação, a paciente, uma idosa com mais de 60 anos, foi medicada e deve colher o exame nesta quinta-feira (4).
De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Itirapina, a mulher deu entrada no Hospital com as suspeitas da doença, sendo devidamente medicada, já que faz parte do grupo prioritário. Esse é o segundo caso suspeito, o primeiro deles deu negativo e foi constatado que o paciente estava com pneumonia.
A enfermeira Egliane Afonso, responsável pela VE do município, conta que o exame será colhido, encaminhado a Rio Claro, no Instituto Adolfo Lutz, e deve ficar pronto em cinco dias.
O médico sanitarista Rodolfo Telaralli aponta que esta é uma doença nova, uma nova variedade da gripe, que ainda está sendo descoberta pelos especialistas. Ele acredita que a população é muito resistente à vacina e isso faz com que ela não seja controlada.
“Boa parte dos casos e de óbitos são em pessoas com idades abaixo de 60 anos. Não é política do Ministério da Saúde vacinar toda a população, se fosse, a doença não seria tão propagada”, observa o especialista.
Telaralli aponta que a vacina existe para pessoas idosas, grávidas e grupos de riscos. “No caso das pessoas idosas, não é para acontecer nenhum caso, a vacina esta disponível para essa faixa da população. Esse deve ter sido mais um caso que deixou de tomar a dose preventiva da doença”, fala. “Não tem como conseguir segurar, evitar mortes com diagnóstico precoce. Doença é emergente, o jeito seria vacinar a população inteira. Esse caso poderia ter sido evitado, as pessoas têm receio à toa da vacina. Em meu consultório, por exemplo, sempre faço essa orientação, mas as pessoas não gostam muito, resistem ao procedimento”.
REGIÃO – As cidades de São Carlos, Araraquara e Rio Claro já registraram, juntas, 14 casos da H1N1. Araraquara registrou três casos da doença, sendo que dois óbitos decorrentes da doença.
São Carlos possui três casos confirmados e Rio Claro está com oito registros.
O estado de São Paulo registrou 1.307 casos de gripe A, causada pelo vírus H1N1, do início do ano até o final de junho, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (3) pela Secretaria de Estado Saúde. No período, foram 259 óbitos.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo distribuiu cerca de 5,5 milhões de doses do antiviral Oseltamivir, conhecido como Tamiflu, para os municípios paulistas. A ação faz parte do combate às síndromes virais graves, que se intensificam nessa época do ano, como a gripe influenza A (H1N1). O abastecimento do medicamento é destinado aos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e poderá ser prescrito pelo médico responsável pelo atendimento nas unidades de saúde de cada município.
Recomendações
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo orienta que, com as quedas na temperatura registradas tradicionalmente nos meses de junho, julho e agosto, e a consequente aglomeração de pessoas dentro de espaços fechados, o contágio dos vírus tendem a se propagar mais rapidamente.
Entre as recomendações, estão: lavar a mão várias vezes ao dia, cobrir a boca com um lenço ou a mão quando for tossir, buscar sempre ambientes arejados, evitar ir trabalhar quando estiver com sintomas da gripe para não transmitir a doença, e procurar orientação médica imediatamente. Boa alimentação e hidratação diária também são indispensáveis. É importante que o paciente procure orientação médica na unidade de saúde mais próxima de sua casa.
