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Lixo acumula e população reclama do abandono de Ecopontos

30/12/2013 21h00 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Lixo acumula e população reclama do abandono de Ecopontos

Criados para receber pequenos volumes de resíduos da construção civil, os Ecopontos, que antes eram a solução para minimizar o descarte irregular, tornaram-se um problema para os moradores que moram próximos a esses locais. A reportagem do Primeira Página visitou os seis Ecopontos na última segunda-feira (30) e encontrou enormes amontoados de entulhos e sofás velhos. Cheiro ruim e a proliferação de insetos e ratos são as reclamações mais comuns. A Coordenadoria de Meio Ambiente argumenta que o problema será minimizado quando a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) conceder o licenciamento para a operação do aterro municipal.

 

O primeiro Ecoponto visitado foi o do Jardim Medeiros, que estava fechado para o atendimento ao público. Os restos de madeira predominavam no espaço. “Com essa história de colocarem fogo em Ecoponto, a gente fica com medo porque madeira pega fogo fácil”, acredita Maria Alice Vieira, que mora na região.

O Ecoponto do Jardim Beatriz, que foi vítima de incêndio por três vezes – duas em maio e uma em setembro – apresenta uma situação bem propícia para novos crimes. Diversos sofás velhos estão encostados à cerca que separa o recinto da calçada. No terreno ao lado existe uma pilha enorme de entulho. “A gente liga para a Prefeitura e ninguém resolve o problema. Eles só aparecem aqui, amontoam o lixo e vão embora. Está uma vergonha”, relata Nely Furlan.

“A minha amiga não dá conta de tantos ratos que aparecem na casa dela”, continua o relato. “A gente sabe que também falta educação para o povo, que bagunça o terreno do lado do Ecoponto jogando lixo, mas a Prefeitura precisa limpar isso aqui”, reclama Lúcia da Silva Rabelo, outra moradora do bairro.

Assim como no Jardim Medeiros, o Ecoponto do São Carlos 3, região do Santa Felícia, estava fechado. O acúmulo de galhos secos de árvore em um dos portões bloqueia uma das entradas. No local, o mesmo cenário dos demais Ecopontos: muitos sofás e entulho acumulado em montes.

No Jardim Ipanema, um terreno ao lado do local de descarte de resíduos tornou-se a extensão do Ecoponto, com pedaços de isopor, madeiras e sofás. “O povo não tem respeito, chega a jogar até animal morto. E se no Ecoponto não cabe mais nada, eles jogam no terreno, então precisam limpar tudo para que o bairro não fique feio”, observa Jair Suffiatti. Um dos Ecopontos mais organizados é o do Jardim Paulistano, com pouco entulho e os restos de madeira organizados, mas no portão do recinto estavam abandonados alguns pneus com água acumulada.

 

No São Carlos 8, terreno ao lado tem mais entulho que no Ecoponto

O Ecoponto do São Carlos 8, destruído por um incêndio em 27 de dezembro, apresenta uma realidade fora do comum. A população prefere jogar entulho no terreno ao lado do Ecoponto. “Quando eu vejo uma situação dessa, chego à pessoa e peço para despejar no Ecoponto. Não é justo sujar o terreno ao lado e prejudicar a população”, afirma o funcionário da cooperativa, Roberto Prodócio.

Alda Barreto mora há 8 anos no Jardim dos Coqueiros, bairro vizinho ao Ecoponto.

“No ano passado, limpavam sempre o Ecoponto, hoje não fazem mais isso. Vira e mexe a gente se depara com ratazanas nas casas”, reclama.

O coordenador de Meio Ambiente da Prefeitura, José Galizia Tundisi, explica que o município aguarda o licenciamento da Cetesb para operar o aterro para resíduos da Prefeitura. “A nossa expectativa é que, com esse aterro, diminua a carga de resíduos enviados ao Ecoponto”, disse. Até a tarde de ontem, a Cetesb não havia emitido a licença de operação do aterro.

 

Licença resíduos da Prefeitura para esvaziar os Ecopontos

Em São Carlos os Ecopontos recebem até 1m² de resíduos da construção civil, que são separados e acondicionados em caçambas para a destinação final, sendo utilizados na usina do Programa Habitacional de São Carlos (Prohab). O horário de funcionamento é das 7h às 18h, de segunda a sábado.

– Avenida Capitão Luiz Brandão, 1847, (esquina com Avenida Cônego Alberico Volpe) bairro São Carlos 8

– Rua Indalécio de Campos Pereira, 1.120, (esquina com a Rua Américo Jacomino Canhoto), bairro Jardim Paulistano

– Rua Renato Talarico Lima Pereira, 299, (esquina com Rua Miguel Petrucelli) bairro Jardim Ipanema

 

– Esquina das ruas Cândido de Arruda Botelho e Rachid kabalan Fakhuri, no bairro Santa Felícia

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