Mais de 10% dos bebês no Brasil são prematuros
Estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que 10,5% dos bebês nascidos no Brasil são prematuros (até 37 semanas). Segundo a Organização Mundial de Saúde, o país é o décimo no ranking dos países em que mais ocorre esse tipo de nascimento.
Embora a maternidade da Santa Casa de São Carlos não possua os números de prematuros contabilizados, a enfermeira coordenadora afirma que é um caso comum: “Entre ontem (28) e hoje (1) nasceram 5 prematuros, de 35, 36 semanas. Consideramos prematuro até 37 semanas. É uma fato comum, temos vários casos”, afirma Annie Jiupato Correa Agostinho.
Se aplicada a estatística brasileira ao número total de nascimentos ocorridos em 2012 na maternidade de São Carlos, obtemos o número de cerca 286 bebês (num total de 2719 nascidos).
“O que observamos aqui no hospital”, diz a enfermeira, “é que as maiores causas de parto prematuro são as infecções (de urina, vaginite…), ou então a hipertensão. Então, se nasce prematuro, que causa contração, dilatação, geralmente está associado a algum corrimento ou infecção de urina. Agora, se for necessário fazer uma cesariana para nascer o bebê prematuro, geralmente é por hipertensão”.
Segundo Annie o que implica de um bebê nascer prematuro é que ele não vai ter o pulmão formado: “Pois é o último órgão que se forma, então ele tem tudo, mas o pulmão não é maduro, então precisamos usar oxigênio ou até respirador. São casos de bebês que permanecem no nosso berçário de prematuros, em incubadora, em oxigênioterapia, ou têm que ir para UTI, devido ao uso do respirador”.
E a enfermeira orienta como tentar evitar esse quadro: “Para evitar, primeiro é necessário fazer o pré-natal:comparecer nas consultas desde o momento em que ela engravidar, já procurar a Unidade Básica, ou o médico dela, se for convênio, e já começar a colher os exames que o médico solicitar. Então o mais rápido possível fazer os exames de sangue, de urina, fazer ultra-som. Se tiver uma infecção, tomar os remédios seguindo a risca a orientação do médico”, explica.
