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Máquinas são programadas para aprender como humanos

31/05/2017 13h17 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Máquinas são programadas para aprender como humanos

A inteligência artificial (IA) é um tema que vem sendo debatido e estudado há muitos anos, porém, os avanços atuais das máquinas programadas para aprender, uma subárea da IA denominada aprendizado de máquina, tornaram este assunto destaque, aguçando a curiosidade da comunidade.

Para falar sobre o assunto, o PRIMEIRA PÁGINA conversou com um especialista na área. André Carvalho, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP de São Carlos e pesquisador do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI).

De acordo com André, o aprendizado de máquina é uma área da computação e da estatística que pesquisa técnicas para que os computadores tenham a capacidade de aprender. Tradicionalmente, quando queremos resolver um problema utilizando computação, nós escrevemos um programa definindo, passo a passo, o que o computador deve fazer. Aprendizado de máquina não precisa disso, pois ela permite que computadores aprendam a partir de experiências passadas, de forma semelhante a como nós aprendemos.

Hoje o aprendizado de máquina está sendo usado em um grande número de áreas. O professor afirma que, sem percebermos, estamos utilizando aprendizado de máquina no nosso dia a dia. Técnicas de aprendizado de máquinas estão sendo usadas, por exemplo, em programas de reconhecimento de voz usado por smartphones, automóveis e eletrodomésticos. São usadas, ainda, segundo relata Carvalho, para recomendar se uma pessoa deve ou não receber crédito de uma instituição financeira; para detectar fraudes em transações com cartões de crédito; para detectar fraudes, os chamados “gatos” em instalações elétricas; para encontrar o táxi mais conveniente e prever a tarifa a ser paga; para dirigir os chamados veículos autônomos, inclusive os automóveis que dirigem sozinhos, sem intervenção humana; para auxílio ao diagnóstico médico, ajudando médicos a darem diagnósticos mais rápidos e precisos; para recomendar filmes, livros e músicas ou leitores; e em sistemas de biometria, para identificação de pessoas.

USP São Carlos – Segundo André, São Carlos tem um dos maiores, senão o maior grupo de aprendizado de máquina do Brasil. Se juntar a USP e UFSCar, chega-se a quase 20 pesquisadores. Esses pesquisadores trabalham em vários tipos de pesquisa, que incluem sistemas inteligentes para apoio a diagnóstico médico, para identificação de mosquitos transmissores da dengue, zika e chikungunya, para comunicação entre robôs e seres humanos, para detecção de fraudes, para análise de crédito financeiro, para construção de robôs de software para compra e venda de ações, para controle de qualidade de madeira para a indústria moveleira, para diagnóstico de demência utilizando processamento de língua natural e para identificação de pessoas por biometria adaptativa. 

Aplicação Recente – Na última aplicação, foram desenvolvidas soluções para identificar pessoas pela forma como ela digita sua senha (que, ao contrário da senha, não pode ser copiada) e como pessoas andam. Essas alternativas são mais seguras do que, por exemplo, reconhecimento de impressão digital, pois é muito fácil e rápido copiar a digital de uma pessoa sem que ela perceba e passar a digital copiada para uma peça de silicone que pode ser grudada no dedo de outra pessoa.

 

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