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O cinéfilo que se tornou empresário

02/11/2013 16h50 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
O cinéfilo que se tornou empresário

São Carlos tem uma locadora de filmes que é uma das maiores da região. O acervo, que reúne filmes nas mídias DVD, Blu-Ray e até VHS, possui mais de 20.000 títulos. O conjunto de obras reúne os inevitáveis blokbusters, mas também filmes latinos, obras-primas do cinema asiático e um grande número de longas-metragens do cinema nacional.

 

À frente da Vídeo 21 está o empreendedor Silvio Martins, cinéfilo nato e empresário de sucesso. Filho do comerciante e industrial Guinemer Martins [chegou a ter uma fábrica de calçados em São Carlos) e  Ivani, casado há 25 anos com Carla, ele é pai do futuro jornalista Filipe, de 24 anos, e de Daniela, que faz mestrado em Filosofia e é professora de idiomas.

Silvio nasceu no dia 5 de setembro de 1963 em São Carlos. Sua família morava, na época, na Rua Marechal Deodoro, a duzentos metros de onde hoje é a sua empresa.

O garoto Silvio estudo na Escola Álvaro Guião. “Eu morei sempre na região central. Nesse período ia muito ao cinema. Para conseguir ver os grandes filmes falsificava carteirinha para entrar nos longas vetados para menores de 18 anos”.

Segundo ele, o que mais o marcou nessa época em termos de filme foram os de terror e do chamado “cinema catástrofe”, onde o ser humano era a grande vítima. “Longas como Inferno na Torre, Tubarão e O Exorcista marcaram muito. Eram filmes fortes para a época, ainda sem os efeitos especiais de hoje. Eu curti muito cinema. Sou do tempo em que o Zé Pintor fazia as pinturas dos cartazes de cinema”.

Silvio também destaca o papel importante de José Sidney Leandro como grande incentivador da sua locadora. “Eu já o conhecia e admirava desde o tempo da Sessão Maldita. Eu era da turma que ia a essas sessões. Muita gente gostava da locadora, muita gente boa, ligada a cinema, como José Saffioti Filho e Munir Rachid, além de Thomas Francause, entre outros”.

Durante um período a Vídeo 21 foi parceira do SESC e ajudou a patrocinar a apresentação de filmes nacionais com debates após as apresentações. O empreendedor disse que no tempo de escola pensavam em cursar Agronomia ou Engenharia Florestal. “Mas não tive oportunidade, fui trabalhar no banco. Fiquei no sistema financeiro por sete anos. Depois, resolvi apostar tudo na locação de filmes, que era uma coisa muito nova em 1986. Para se ter uma ideia, começamos com apenas 120 filmes. Até então, era um sonho alguém poder assistir ao filme que quisesse, à hora que desejasse, no conforto do lar. O videocasssete foi uma verdadeira revolução. No primeiro ano era um hábito somente da elite. Mas, logo no segundo ano, o hábito se disseminou de forma acelerada. O auge do VHS veio com os Anos 90”. Quando indagado sobre um filme de grande sucesso e recorde de locações na Era VHS ele cita sem pestanejar: “As Minas do Rei Salomão”.

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