ONG luta para que ‘teste do coraçãozinho’ seja obrigatório
Com o objetivo de detectar doenças cardíacas, sobretudo a cardiopatia congênita, o teste do coraçãozinho é feito nas primeiras horas de vida dos recém-nascidos. O problema é: o exame não é obrigatório e é essa a luta de um grupo formado por 30 mães em Araraquara.
A filha da funcionária pública, Taísa Ferreira Rodrigues Lima, nasceu com cardiopatia congênita e há três anos faleceu, foi então que Taísa resolveu se juntar à Associação de Assistência à Criança Cardiopata – Pequenos Corações, tornando-se assim, uma das representantes da ONG em Araraquara.
O objetivo do grupo, que atualmente está com 30 associados, é divulgar e alertar a respeito da doença, que não tem cura, porém existe tratamento. “Lutamos para ter o teste na maternidade de Araraquara e quem sabe até na região”, ressalta.
Ela explica que a ONG realiza um trabalho em todo o Brasil e que 54 cidades já têm o teste do coraçãozinho.
Taísa diz que o exame é simples e sem gastos, pois as maternidades têm o oxímetro, aparelho usado para monitorar o nível de oxigênio do sangue do bebê. Além disso, é importante ressaltar que “apenas 38% das crianças portadoras da doença têm atendimento”.
Exames obrigatórios
Hoje, quando um bebê nasce, são feitos três exames obrigatórios, dentre eles: o teste do pezinho, da orelhinha e do olhinho. De acordo com o médico pediatra Paulo Scalli, “são exames preventivos”.
“O da orelhinha detecta a surdez, por exemplo, já a do olhinho detecta alguma má formação congênita do olho como a cegueira infantil”, explica.
E o exame do pezinho prevê o diagnóstico de doenças como a fenilcetonúria, o hipotireoidismo congênito, a anemia falciforme e a fibrose cística.
