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Para seguir no mercado, bancas vendem de tudo um pouco

07/12/2011 08h05 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Para seguir no mercado, bancas vendem de tudo um pouco

São poucas as bancas de jornal de São Carlos que vendem apenas jornais e revistas. Balas, confeitos, chocolates e bebidas refrigeradas estão entre os produtos que hoje em dia as bancas disponibilizam aos consumidores, já que, devido a uma nova demanda por tais mercadorias, o perfil destes estabelecimentos também sofreu mudança.

A Banca Santa Casa é um exemplo desta mudança, pois oferece guloseimas, café, salgados e bebidas geladas, o que também ajuda a manter o negócio funcionando. Segundo o proprietário Roni Aldo Dutra, que está no local há três anos, a transformação aconteceu devido a pedidos do público que freqüenta a região. “Em primeiro lugar eu instalei a geladeira. A partir daí, conforme o pessoal foi pedindo eu procurei atender e então instalei a máquina de café e o forno de salgados. As pessoas que fazem visitas, doam sangue, vão à maternidade sentem essa necessidade. Além destes produtos, o que eu mais vendo aqui são revistas de novela e passatempos, pois atualmente a venda de jornais caiu muito e não são todas as pessoas que ainda compram revistas”, afirma.

Para a cabeleireira Rosana Gonçalves, as opções oferecidas pela banca de Roni facilitaram muito sua vida nos últimos dias. “Estou com minha mãe internada na Santa Casa e por isso tenho feito refeições rápidas. Nesse sentido, uma banca que oferece salgados, água, refrigerante é uma facilidade, pois assim eu venho aqui, compro o que eu quero rapidinho e logo volto para não deixar minha mãe sozinha”, relata.

No caso da banca localizada na rua Marechal Deodoro, em frente à Escola Industrial de São Carlos, o público é outro, no entanto, uma variedade de artigos, como bijouterias e chaveiros, também é oferecida. De acordo com Ana Paula de Souza Macedo, funcionária do estabelecimento comercial, as pessoas que costumam freqüentar a banca para comprar jornal e revista são um público rotineiro, composto tanto por idosos quanto por jovens. “Os alunos da escola são os que geralmente compram chocolates. Oferecer outras alternativas aos consumidores foi uma maneira que encontramos de inovar, o que funciona como mais um atrativo da banca”, ressalta.

Mas nem todas as bancas da cidade pretendem seguir com as inovações. É o caso da Banca Itália, localizada na rua Conde do Pinhal, ao lado do Banco do Brasil, que, durante muito tempo, foi ponto de encontro de políticos, funcionários de agências bancárias da região, empresários e jornalistas.

Hoje, a banca está à venda, mas não porque houve diminuição no movimento ou não houve adaptação às exigências do novo perfil consumidor, já que o estabelecimento também oferece café e salgados. Segundo o proprietário Romoaldo Privincial, que encerrou as atividades de sua outra banca, localizada na Praça Itália, a comercialização do segundo imóvel se deve ao fato de estar cansado de trabalhar no ramo. “Queda no movimento? Isso nunca. Até porque ninguém consegue ler um jornal pela internet sem ficar com dor no pescoço. O problema é que São Carlos é uma cidade onde se lê muito pouco jornal, ninguém tem esse costume. Meu público é composto por pessoas acima dos 30 anos, dificilmente aparece um jovem de 19 anos querendo comprar jornais. Eles só querem saber de festa, não se interessam por política”, categoriza.

 

Edição Jeferson Vieira

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