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Paralisação dos agentes penitenciários entra no 12º dia

21/03/2014 23h14 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Paralisação dos agentes penitenciários entra no 12º dia

Desde o dia 10 de março, os agentes penitenciários da P1 e P2 em Itirapina estão em greve, á paralisação deve continuar junto dos outros cerca de 160 presídios paulistas. Eles querem um reajuste salarial no total de 26%, mudanças nas promoções e criticam a superlotação dos presídios.

De acordo com um funcionário, que preferiu não se identificar, os funcionários compareceram ao trabalho, mas está realizando apenas os serviços essenciais como monitoramento dos presos. De acordo com informações ás visitas no final de semana estão liberadas.

A quantidade pode chegar a 15 mil profissionais que estão em greve no Estado de São Paulo, esse número representa metade da categoria, de acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp).

A penitenciária I de Itirapina pode abrigar em média 210 homens e hoje esta com 679. Já a P2 deveria receber um total de pouco mais de 1.200, mas hoje abriga um total de quase 2.500 detentos, mais que o dobro.

Segundo José Carlos dos Santos Ernesto, Diretor Admiistrativo da Sindasp Ribeirão Preto, “além da questão financeira através do pedido de aumento no total de 26%, e a questão de melhorar de um lado e piorar do outro, isto é, tirar presos de uma cadeia para colocar em outra, o mais importante é a questão humanitária, á lotação excessiva nas penitenciárias do Estado de São Paulo”.

“Mesmo com as reivindicações e com o cordão que os agentes penitenciários fazem na entrada do presídio, a Tropa de Choque consegue ultrapassar essa barreira, até porque não esta tendo resistência por parte dos agentes, e coloca os presos que vem das cadeias para dentro da penitenciária”, afirmou Ernesto.

Com a paralisação deve atrasar também os processos jurídicos, os advogados dos presidiários calculam os prejuízos de forma processual  imensurável para o Estado, que seria obrigado a resignar a data de audiência devido à falta, ter que aguardar o andamento do processo e consequentemente isso causa custos a todos.

Segundo informações, na penitenciária de Itirapina, nem mesmo os oficiais de justiça conseguem entrar, quem faz toda a movimentação logística dos presos são os funcionários, se eles estão em greve não tem quem faça essa logística.

Essa paralisação deve continuar por mais alguns dias, pois na segunda feira (24), os representantes do Sindasp, tentarão agendar uma reunião com o governador Geraldo Alckmin para decidir se a greve continua ou volta ao normal.

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