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Páscoa, tradição e libertação

07/03/2013 12h11 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Páscoa, tradição e libertação

A Páscoa certamente é uma das datas comemorativas mais importantes do ano. Ela é cheia de tradições, lendas, símbolos e costumes. Para o calendário cristão, esta é a celebração mais importante, pois marca a ressurreição de Cristo. A data é comemorada de formas diferentes em diversas partes do mundo, mas o seu significado é sempre relacionado ao renascimento.

 

O dia da festa varia de ano para ano, entre 22 de março e 24 de abril. A Páscoa sempre acontece no primeiro domingo após a lua cheia que marca a mudança de estação, ou seja, o início da primavera no hemisfério norte e do outono no sul.

Em termos religiosos, as igrejas mais tradicionais costumam comemorar a Páscoa. De acordo com o padre José Luis Beltrame, responsável pela Catedral de São Carlos, a Páscoa é o momento da celebração da passagem da morte para a vida de Cristo e a quaresma é o período de reflexão e penitência que começa na quarta-feira de cinzas, após o carnaval e termina no Domingo de Ramos que antecede o dia da ressurreição.

“Estamos próximos da celebração da Páscoa e na quaresma. Esse tempo de quarenta dias são aqueles onde nos colocamos num clima de oração e um pouco de penitência, jejum e caridade. Tudo isso para que elevemos nosso coração para que ele se desprenda de tudo aquilo que pode nos ‘prender’ e ser um ‘fardo’ em nossas vidas. Ou seja, é um período de libertação”, relata Padre José.

O padre conclui. “Nós, cristãos, vamos lembrar que Jesus veio ao mundo com a missão de nos ensinar o caminho de Deus e nos mostrar que a sociedade do modo como ela se organiza, ela está escrava de tudo aquilo que é dominação, ou seja, o consumismo, a ganância, o pecado, a injustiça, a corrupção, e consequentemente a morte”, diz José Luis.

 

CATEDRAL – Na Catedral de São Carlos, por exemplo, do dia 20 de março ao dia 31 de março, acontecerão diversas atividades relacionadas ao período de quaresma e páscoa.

 

PRESBITERIANOS – De acordo com o pastor Nelson Nunes da Igreja Presbiteriana Renovada de São Carlos, a data é comemorada com cultos no próprio domingo de Páscoa que se iniciam no período da manhã até a noite.

“Na Páscoa comemoramos a ressurreição do Senhor Jesus. No domingo, dia em que Jesus ressuscitou ao amanhecer fazemos um culto onde cantamos, oramos e celebramos a data. Após o culto realizamos uma ceia como forma de confraternização entre os irmãos presentes. À noite também fazemos outro culto sobre a ressurreição de Cristo”.

 

JUDAÍSMO – Conhecida como pessach, a Páscoa Judaica celebra a libertação do Egito e reitera o laço para com o Deus que teria possibilitado a execução daquela memorável vitória. Na noite da celebração da páscoa, as casas devem estar limpas e conter todo um jogo de talheres específicos. Além disso, qualquer tipo de alimento fermentado tem o seu consumo proibido. No dia antes, a família deve jejuar em homenagem aos primogênitos que não foram atingidos pela última das maldições egípcias. 

Cada alimento empregado na Páscoa representa aos Judeus a experiência que viveram nos tempos em que foram mantidos no “cativeiro do Egito”.

 

SEM COMEMORAÇÃO – Mas há quem não comemore a Páscoa. O pastor da Igreja Pentecostal Plenitude do Evangelho, Daniel Candido dos Santos, diz que para eles a Páscoa significa a libertação do povo, porém não há nenhum tipo de ritual ou celebração por parte dos integrantes da igreja. “Não comemoramos a Páscoa, mesmo assim, não impedimos que as pessoas que queiram participar da data comemorem do jeito delas”.

 

A Páscoa e seus simbolismos

Coelhinhos, ovos de galinha pintados ou de chocolate são os símbolos da Páscoa mais comuns que se conhece. Mais qual são seus significados e como surgiram?

Segundo o Padre José Luis Beltrami da igreja católica Catedral de São Carlos, a figura do coelho está relacionada a reprodução do animal e a rapidez com que ela acontece. “O coelho é aquele que se reproduz com muita rapidez e facilidade, assim como a noticia da ressurreição de Cristo se espalhou rapidamente entre seus discípulos”.

Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.

O Padre José Luis conta que o ovo também está ligado a fertilidade, relaciona-se com a esperança de uma vida nova. “De dentro de um simples ovo, existe a vida que acontece através de uma força interior de dentro para fora. A ligação com Jesus está no fato de que depois de sua crucificação ele estava aparentemente morto, mas de repente de dentro para fora de seu corpo surgiu a vida novamente, algo que trouxe alegria e vida nova a todos”.

Os ovos de chocolate ou ovos de Páscoa são uma tradição milenar relacionada ao cristianismo. Costumava-se pintar um ovo oco de galinha de cores bem alegres, pois a Páscoa é uma data festiva que comemora a ressurreição de Jesus Cristo, sendo o ovo um símbolo de nascimento. Outros povos como os gregos e os egípcios também coloriam ovos de galinha oco, porém em datas diferentes.

Os de chocolate viram dos Pâtissiers franceses que recheavam ovos de galinha, depois de esvaziados de clara e gema, com chocolate e os pintavam por fora. Os pais costumavam esconder ovos nos jardins para que as crianças os encontrassem na época da Páscoa. Com melhores tecnologias, a partir do final do século XIX, se difundiram os ovos totalmente feitos de chocolate, utilizados até hoje.

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