Por estabilidade, cresce procura a cursos preparatórios
Com centenas de vagas abertas, 2012 é considerado um ano de concursos públicos. Altos salários e estabilidade fazem com que cada vez mais pessoas busquem ajuda na hora dos estudos. A expectativa da publicação de novos editais, como da Caixa Econômica Federal e da Polícia Federal, agente escolar e também assistente administrativo da Prefeitura, faz aumentar ainda mais a procura pelas escolas que fazem preparação direta dos concurseiros.
Pelo menos 50 órgãos públicos federais e estaduais abriram concursos este ano. A quantidade de candidatos por vaga também é alta. Hoje também se destaca a preparação on-line, na qual vários sites e escolas especializadas oferecem os cursos preparatórios em EAD (Educação a Distância). Com estas diversas modalidades, o preço para fazer um curso preparatório varia conforme a quantidade de aulas e pode chegar a até R$ 2 mil.
De acordo com a secretaria do Curso Opção,em São Carlos, a procura para os diversos cursos preparatórios é alta e sempre apontando para um crescimento, principalmente quando há concursos regionais como o de agente escolar do Governo do Estado e também da Prefeitura Municipal.
Para a professora de Língua Portuguesa, Renata de Carli, e que dá aulas particulares na preparação dos concurseiros, ter uma rotina diária de estudo, além das aulas, é fundamental, uma vez que a concorrência é sempre alta. As aulas de Renata custamem média R$ 60,00 por hora. “O preço pode até ser considerado alto, porém faço um trabalho individualizado, acompanho de perto o aluno nas suas dificuldades”, explica.
Marcelo Matos está se preparando para o concurso da Caixa Econômica Federal e diz que não é fácil. “Comprei apostila e faço um roteiro de estudo dentro da possibilidade, uma vez que trabalho oito horas por dia. Não é fácil, mas fico estudando até altas horas e também nos finais de semana. Abri mão de muita coisa”, disse.
APROVADO – Mesmo aprovado, o candidato não deve ser chamado imediatamente, mas tem direitos a cobrar. “Quando o concurso indica o número de vagas, as pessoas que forem aprovadas dentro do número de vagas terão direito à nomeação”, conta o advogado Rafael Maffini.
O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento pacífico no sentido de que o candidato aprovado em concurso público, desde que dentro das vagas previstas no edital, exceto as de cadastro de reserva, tem direito líquido e certo à nomeação e admissão.
O entendimento era nos sentido de que a nomeação e a admissão são atos da Administração Pública, que através de critérios de conveniência e oportunidade decidirá se está ou não precisando de mão de obra para o exercício das atribuições do cargo efetivo ou emprego público relacionado ao certame.
Entretanto, quando um concurso é lançado e o número de vagas está expressamente previsto no edital, é porque os cargos vagos existem e já há previsão orçamentária para aquelas vagas, ou seja, a Administração tem os recursos necessários para admitir ou nomear e tem necessidade de servidores/empregados.
Segundo Maffini, há milhares de candidatos que, diante da possibilidade de ter uma melhor condição, se abstêm do lazer, da família e muitas vezes do próprio emprego, dedicando-se ao máximo para alcançar uma posição que lhes garantam uma vitória.
Diante da promessa de ingresso no serviço público e da existência de cargos vagos, o candidato luta por uma aprovação que lhe permita nomeação ou admissão, ou seja, dentro do número de vagas. “Entendo que não pode a Administração frustrar essa expectativa, sob o argumento de que não mais necessita de servidores ou de que não tem os recursos para tal, pois os recursos já existem e, se não houvesse necessidade de pessoal, o concurso teria sido para cadastro de reserva”, finaliza (Com informações de sites especializados em concurso público)
