Prefeitura estuda maneiras para reduzir gastos com aluguéis
A Secretaria de Governo confirmou que a Prefeitura de São Carlos gasta R$ 250, 8 mil mensais com aluguéis – em quatro anos, esse gasto pode chegar a R$ 12 milhões. De acordo com o secretário da pasta, Edson Fermiano, em alguns casos, os valores estão há três meses em atraso. Ele diz que a Prefeitura vai trabalhar em todas as frentes para chegar a um custo mínimo possível. Uma das alternativas é a construção de um novo Paço Municipal, capaz de abrigar todos os departamentos e secretarias, algo que ainda está em estudo.
O Primeira Página teve acesso às planilhas de custos com aluguéis. Os valores variam de R$ 550,00 a R$ 21,6 mil. Além de departamentos da Prefeitura, o município banca aluguéis de delegacias, Justiça Eleitoral, Central de Penas Alternativas, IBGE, residências de autoridades do Tiro de Guerra, entre outros.
O Bom Prato, programa do governo do Estado, também consta como aluguel pago pela Prefeitura. O valor mensal é de R$ 8,5 mil. A antiga administração diz que o aluguel é bancado pelo Estado, mas na planilha da atual administração consta a despesa.
Grande parte dos aluguéis é da Secretaria Municipal de Saúde. Na análise, a Prefeitura faz um mapeamento dos prédios municipais que estão ociosos e que podem abrigar departamentos da Prefeitura.
DETECÇÃO – O gasto com aluguéis é um tema que já foi debatido pela Comissão de Transição do governo de Airton Garcia, que considera os gastos absurdos.
Alguns desses aluguéis, particularmente, nos chamaram a atenção como é o caso dos imóveis que deveriam abrigar o AME [Ambulatório Médico de Especialidades] com o valor de R$35.100,00 por mês. Só de aluguéis, esse imóvel já sangrou os cofres públicos em cerca de quase R$1 milhão e a reforma dos prédios custou, no mínimo, mais R$ 1 milhão”, destacou.
O documento, entregue ao prefeito eleito Airton Garcia (PSB), considera o pagamento dos aluguéis um “enorme desperdício”. “Pior, prédios locados em locais inadequados, sem estacionamentos, de difícil acesso em relação às rodovias e sem possibilidades de ampliações”, observa.
A Comissão de Transição foi mais além. Sugeriu que o pagamento de aluguéis ao AME deve passar por um processo de sindicância. Cita como gasto desnecessário R$ 20,5 mil mensais para a sede da Secretaria da Educação, no Palacete Bento Carlos.
Na oportunidade, a Comissão de Transição sugeriu uma revisão geral dos alugueis e a adoção de “critérios impessoais para escolha do imóvel mais adequado para ser alugado”.
Apontou que muitos dos prédios locados estão “em locais inadequados, sem estacionamentos, de difícil acesso em relação às rodovias e sem possibilidades de ampliações”.
