Procura por atendimento no SUS aumentou 15%
O secretário de Saúde, Caco Colenci, afirma que a Prefeitura já sente os efeitos da migração de pacientes dos planos particulares ao sistema público. A declaração aconteceu depois de mais um registro de demora no atendimento médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Prado, na noite de quinta-feira, 4. A espera chegou a três horas, de acordo com relatos.
“Hoje, há uma migração de pessoas que tinham contratos com planos de saúde particulares ao serviço público. De 55% de vidas contratadas, esse número caiu para 39%… 40%. Ou seja, o Sistema SUS passou a receber 15% de pacientes”.
Colenci afirmou que a Prefeitura insiste no fortalecimento da UPA da Vila Prado aos casos de urgência e emergência. Também promove concurso público, credenciamento público para a contratação de médicos por Regime de Pagamento Autônomo (RPA) e está lançando mão da ata de registro de preços com o propósito de buscar empresas para repor a escassez de médicos. “Estamos esgotando todas as possibilidades e a que apresenta melhor avanço é a parceria com a Santa Casa para a gestão das UPAs”, explicou.
Atendimento
Na noite de quinta-feira, 5, pacientes relatavam uma demora de até 3 horas para o atendimento na UPA da Vila Prado.
Crianças com febre e pacientes com convulsão tinham de encarar a fila. A Prefeitura não confirma oficialmente, mas os vereadores Leandro Guerreiro (PSB), Lucão Fernandes (PMDB), Edson Ferreira (PRB) e Julio Cesar (DEM), que estiveram na unidade, relataram que as consultas se tornaram morosas na transição dos plantões.
“O povo está cansado de conversa, nós temos que abrir as UPAs e contratar médicos e atender a população, ninguém aguenta mais essa história. O que vamos fazer? Estamos com as mãos atadas”, ressaltou. “Acho que chegou a hora de bater na mesa: chamar a Defensoria Pública, o promotor, o prefeito, sentar com a Câmara que está à disposição e buscar soluções, não adianta mais, o povo não quer saber mais de conversa”, disse Julio Cesar. “A Câmara se faz presente. Propusemos um pacto para que possamos pagar os profissionais que trabalharam pelo sistema de Recibo de Pagamento Autônomo e assim quem sabe eles voltarem para o sistema”, complementou Lucão Fernandes.
