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São Carlos concentra maior número de projetos na Fapesp

14/05/2017 02h15 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
São Carlos concentra maior número de projetos na Fapesp

O programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) contemplou 1.130 projetos, distribuídos a empresas de 114 cidades do Estado de São Paulo entre os anos de 1998 e 2014. 

Nesse período, São Carlos teve 177 projetos aprovados, superando em muito, em número por habitantes, outras cidades com destaque no programa, como São Paulo (298 projetos), Campinas (197), São José dos Campos (72) e Ribeirão Preto (55). Os dados consolidados por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade George Washington, dos Estados Unidos, foram divulgados pela revista Pesquisa FAPESP.

O programa PIPE é um projeto desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), de apoio à pesquisa científica e tecnológica em micro, pequenas e médias empresas, de até 250 empregados, independente do faturamento, no Estado de São Paulo.

Estimular a inovação 

Entre os principais objetivos do programa estão o desenvolvimento da competitividade, por meio da inovação, o fomento de uma cultura da inovação e a criação de empregos, em particular, de pesquisadores nas pequenas empresas. 

A FAPESP não exige, para analisar uma proposta de financiamento, que a empresa esteja constituída. Ela deve estar apenas formalizada para ter o direito de receber os recursos. Ou seja, alguém que tenha uma boa ideia e queira transformá-la em uma empresa é bom candidato potencial ao programa PIPE.

Para conceder o financiamento na primeira fase da pesquisa, os técnicos da FAPESP analisam a viabilidade técnica e comercial do empreendimento que pode receber até R$ 200 mil. Na fase 2 do programa, na qual é feita a execução propriamente dita da pesquisa, o financiamento pode chegar a R$ 1 milhão e o prazo é de dois anos. Nestas duas fases é possível incluir os custos com bolsas de estudos aos pesquisadores.

O programa pode ainda ter uma terceira fase em que a empresa pode buscar apoio em outras agências de fomento como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), para a comercialização pioneira, certificação de produtos e atividades voltadas à comercialização do produto no mercado.

Para pesquisadora, inovar é palavra de ordem

No programa PIPE a pesquisa é realizada dentro da empresa e tem nas universidades um ponto importantíssimo de suporte já que é dentro delas que grande parte dos empreendedores vai buscar profissionais qualificados.

Segundo Ana Lúcia Torkomian, doutora em administração de empresas (FEA/USP) e professora da UFSCar, “no atual momento inovar é a palavra de ordem. É a inovação que possibilita o aumento da competitividade e a soberania do país. A inovação se dá quando o conhecimento vai para o mercado, através de produtos, serviços ou tecnologias”. 

A pesquisa aponta São Carlos como um pólo que concentra grande número de empresas jovens e inovadoras que utilizam novas tecnologias geradas por universidades e por elas próprias e conseguem aproveitar oportunidades de negócio em setores diversos.

A análise da professora Ana Torkomian reforça a avaliação da pesquisa de que “São Carlos é uma região de potencial tecnológico intenso. No início dos anos 80, reproduzindo uma experiência bem sucedida do Vale do Silício, nos EUA, começaram a se organizar na cidade, de forma pioneira na América Latina, os parques tecnológicos e incubadoras de empresas. Hoje, com as agências de inovação da USP, UFSCar e Embrapa, o transbordamento de tecnologia para a produção é ainda mais disponível”.

Os números apresentados pelos pesquisadores demonstram a capacidade de São Carlos de atrair recursos essenciais à criação de novas empresas, gerando empregos qualificados, com bons salários; algo baseado naquilo que a cidade tem de mais desenvolvido, sua capacidade de inovar.

Em 2016 o programa PIPE encerrou o ano com um recorde no Estado: 174 projetos aprovados e um total de recursos da ordem de R$ 50 milhões.

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