13 de Maio de 2024

Dólar

Euro

Cidades

Jornal Primeira Página > Notícias > Cidades > São Carlos está com déficit de 30% na captação de água

São Carlos está com déficit de 30% na captação de água

15/01/2013 09h58 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
São Carlos está com déficit de 30% na captação de água

A captação de água do Espraiado, na região Leste de São Carlos, está parada por conta do alagamento provocado pelas chuvas do final de semana que atingiram, segundo a Defesa Civil, 141 milímetros. Somam-se a esse volume os 31,7 milímetros da última quinta-feira.

 

De acordo com o presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Sérgio Pepino, perto de 30% da captação de água está comprometida com a paralisação de três bombas do Espraiado que  foram alagadas e o motor danificado. “As bombas só conseguiram ser retiradas ontem depois que a água abaixou. E agora vão passar por uma revisão técnica”, disse.

O levantamento feito pelo Saae mostra que com a queda de produção do Espraiado e a captação do córrego do Feijão reduzida em 20%, a cidade deva sofrer, no momento, com a falta de água nas regiões central e Leste, Atingindo bairros como Vila Nery, Jardim Primavera, Tijuco Preto e Vila São José, além do Centro.

Pepino foi contundente ao afirmar que nos 12 dias em que está à frente da gestão do SAAE, é perceptível a vulnerabilidade do órgão. “Estamos à mercê das intempéries, já que um raio queima uma bomba e não há no estoque uma peça para repor; vulneráveis à capacidade de uso da energia elétrica, como também a equipamentos sem nenhuma manutenção”, disse.

Das seis bombas de captação do córrego do Feijão, só três estavam ligadas até ontem, por conta do contrato entre o Saae e a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) que tinha sob acordo uso de 1.152 kilowatts (kW) e esse volume de energia só permitia que fossem ligadas três bombas. Segundo o assessor do Saae, Woodrow Roma, na sexta-feira foi pedido a CPFL para aumentar a capacidade para 1.400 kW. “Eles afirmaram que hoje (segunda) já estariam disponíveis para ligar as quatro bombas”, afirmou.

Somada toda a captação de água do Saae e as quedas ocorridas no Feijão e Espraiado, o déficit final atingiu perto de 30%. “O que se perdeu de um lado, recuperou-se em outros pontos, como poços artesianos. Mas a cidade está no momento com uma captação de água menor e vulnerável”, disse Pepino.

A equipe técnica do Saae estima que os danos nos equipamentos gerem um gasto extra de R$ 30 mil com a troca dos motores e para resolver o problema eles preveem, pelo menos, três dias. “Diante das imagens que recebemos tudo leva a crer que os motores se queimaram com a invasão da água”, disse Pepino.

Um projeto de engenharia está sendo elaborado pela autarquia, a toque de caixa, para construir barreiras que possam impedir que outras enchentes atinjam as bombas do Espraiado.

“Se for necessário mudar de lugar a casa de máquinas, nós iremos fazer. Do jeito que está não irá ficar”, afirmou o presidente do Saae.

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
1 Comentário
Mais antigas
Mais novos Mais Votados
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
Lucia
Lucia
11 anos atrás

Agora a culpa é da CPFL? Pensei que era herança da gestão do PT

0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x