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São Carlos tem 2ª maior taxa de mortalidade infantil desde 2008

20/12/2013 14h39 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
São Carlos tem 2ª maior taxa de mortalidade infantil desde 2008

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) da cidade em 2012 foi de 9,5 por mil habitantes, segunda maior desde 2008. Os resultados do ano passado são menores apenas das alcançadas em 2011, quando a TMI foi de 11,4 por mil. A média alcançada entre os anos de 2008 e 2012 é de 8,8 mortes por mil. Os dados são da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE).

 

Para Ricardo Innecco de Castro, secretário da saúde do município, a queda de 1,9 ponto em relação a 2011 indica melhora na atenção pré-natal: “Os trabalhos desenvolvidos na Atenção Básica à Saúde somando os atendimentos prestados pela Maternidade e Ambulatório (Alto Risco) de São Carlos contemplam estes indicadores diminuídos”, diz Castro.

Questionado sobre quais os programas de atenção às gestantes em atividade na rede pública de saúde que combatem a mortalidade infantil, ele diz: “Estamos trabalhando em conformidade com as Portarias da rede Cegonha, uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis, tais como: incentivo da gestante ao pré-natal, acréscimo dos exames ofertados durante a gestação, detecção precoce da gestação”.

Entre 2008 e 2012, a média do Departamento Regional de Saúde 3 (DRS -3) de Araraquara, da qual faz parte São Carlos e outras 23 cidades, foi de 11,4. Em 2012, a cidade na DRS-3 que registrou a maior TMI foi Cândido Rodrigues, com 58,8 por mil. Ela tem 2.670 habitantes, registrou 17 nascimentos e  1 óbito infantil. Em São Carlos, em um universo de 226.244 habitantes, foram registrados 2.938 nascidos vivos e 28 óbitos infantis em 2012.

De acordo com os dados da pesquisa produzida na Fundação Seade, apenas

dois grupos de causas de morte são responsáveis por praticamente 80% das mortes infantis: as perinatais e as malformações congênitas. As perinatais – aquelas relacionadas a problemas na gravidez, no parto e no nascimento – representaram 57,94% das mortes infantis.

As malformações congênitas foram responsáveis por 21,81% das mortes, e, segundo o Seade, estão entre os problemas médicos de prevenção e cura mais difíceis, por serem decorrentes de diversos fatores, como anomalias do sistema nervoso central e do aparelho respiratório, entre outras.

A taxa de mortalidade infantil é um dos indicadores mais utilizados para aferir as condições de saúde da população, em especial das crianças menores de um ano.

 

Balanço

 

Questionado sobre o que influencia a taxa de mortalidade, Newton Lima (PT), prefeito da cidade entre 2000 e 2008, ano em que a TMI da cidade foi menor, diz: “A taxa não é significativa. Existem alguns aspectos que podem modificar o indicador em determinado ano”. Como exemplo ele cita casos de dengue, acidentes, chegada de mães à cidade que não fizeram pré-natal, tendo escapado à política da rede. 

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