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“São Carlos tem prefeito e a bandidagem acabou”, diz Airton sobre coleta de lixo

10/02/2017 08h41 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
“São Carlos tem prefeito e a bandidagem acabou”, diz Airton sobre coleta de lixo

O prefeito Airton Garcia (PSB) deu uma declaração contundente sobre a questão da coleta de lixo em São Carlos. Ele afirmou que a São Carlos Ambiental, concessionária do serviço, não é transparente na prestação de contas.

Na manhã de ontem, os funcionários cruzaram os braços. Eles ainda não receberam o pagamento de janeiro. “A empresa quer receber da Prefeitura um dinheiro ‘na galega’. Não quer mostrar as contas e não cumpre o contrato. De 10 índices estabelecidos em contrato, eles descumprem 11. Ela [a São Carlos Ambiental] quer que o prefeito deposite dinheiro todo o mês sem explicar nada”.

A coleta de lixo em São Carlos trabalhou com 30% do efetivo ontem,9, como determina a lei em casos de greve no caso dos serviços essenciais. A São Carlos Ambiental e a Prefeitura Municipal estão buscando um acordo para o pagamento da dívida da administração com a empresa responsável pelo serviço.

De acordo com a empresa, três caminhões, com 12 coletores e três motoristas, sendo um total de 15 pessoas, realizaram a coleta de lixo. A coleta do lixo hospitalar e do aterro permaneceram normais. À noite, ocorreu nova assembleia com os funcionários do turno da noite.

DINHEIRO – Segundo Airton Garcia, a Prefeitura tem o dinheiro para pagar São Carlos Ambiental. O depósito estava previsto para ontem, mas o prefeito mudou a data. “Eu marquei uma reunião com o advogado amanhã [hoje] e se a gente chegar num acordo de dar transparência e desconto no valor do lixo, vamos pagar. Existem muitas coisas que eles cobram e não fazem. Tem malandragem aí. Por exemplo: se existem 20 funcionários na varrição, eles cobram 30 na varrição. Se eu começar a falar as malandragens do contrato, vocês vão ficar até amanhã cedo, de tanta irregularidade”, afirmou.

Airton Garcia continuou: “A empresa prefere a pressão. Por um lado, eles falam que vão parar a coleta de lixo, por outro falam que estão sem receber porque a Prefeitura não paga. Eu vou ver se existem condições de repassar esse dinheiro diretamente para a conta dos funcionários porque a firma tem que entender: São Carlos tem prefeito e a bandidagem acabou. Se não vierem com transparência, não receberão um centavo e vou colocar outra firma”.

O presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio, Conservação e Trabalho de Limpeza Urbana de Araraquara, São Carlos e Matão (Siemaco), Pedro Alves Filho, disse que os trabalhadores estão passando por dificuldades por conta do atraso. “Tem trabalhador que depende desse salário para sobreviver, pagar as contas e pagar pensões alimentícias. Não pode ficar sem receber”, argumentou o sindicalista.

A São Carlos Ambiental não se manifesta à imprensa, pois quer esgotar todas as possibilidades de negociação antes de entrevistas. Porém, na tarde de ontem, emitiu nota sobre o assunto. De acordo com a empresa, no momento, são necessários R$ 600 mil para o pagamento dos trabalhadores no momento, mas a dívida, incluindo o reajuste inflacionário do contrato, passa de R$ 6 milhões.

 

A nota da São Carlos Ambiental

 

“A empresa está em constante negociação para atender as demandas da Prefeitura Municipal e entende a situação de calamidade financeira do município de São Carlos, inclusive já participou de diversas reuniões com o poder concedente. Em contrapartida, existe uma dívida em aberto na São Carlos Ambiental e na Revita de aproximadamente R$ 5,8 milhões relativa a serviços prestados desde o mês de setembro de 2016”.

“Existe também um valor em torno de R$ 717 mil referentes ao reajuste anual pelo IPCA/IBGE previsto no contrato da São Carlos Ambiental e que deveria estar vigorando desde o dia 24 de agosto de 2016”.

“Diante dessa situação de não recebimento por mais de 120 dias, a empresa não conseguiu arcar com os salários dos funcionários no 5º dia útil do mês, dia 6 de fevereiro”.

“Ontem, dia 8, a empresa apresentou novamente todas as faturas e relatórios operacionais que comprovam os serviços prestados, prática prevista em contrato e que é realizada regularmente mês a mês. No momento, aguardamos um posicionamento da prefeitura quanto ao pagamento das faturas em aberto”

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