Servidores da UFSCar podem entrar em greve
Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pararam as atividades nessa segunda-feira e devem retornar ao trabalho na próxima semana, no dia 2 de setembro.
A paralisação faz parte da Semana Nacional de Paralisações, atividade promovia pela Federação dos Servidores Técnico-Administrativos de Ensino Superior do Brasil (Fasubra), que tem por objetivo pedir melhores condições de trabalho aos servidores da universidade.
Na manhã de ontem, servidores participaram de uma assembleia no prédio da reitoria da universidade. A estimativa do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da Universidade (Sintufscar) dá conta que aproximadamente 400 servidores dos campi de São Carlos, Araras e Sorocaba participam das paralisações.
O coordenador geral do Sintufscar, Sérgio Ricardo Pinheiro Nunes, alertou que uma plenária da Fasubra, que vai acontecer nos dias 13 e 14 de setembro, em Brasília, vai discutir o indicativo de greve. “Na greve que aconteceu no ano passado, apenas uma reivindicação dos servidores foi atendida”, explicou Nunes. Na oportunidade, houve a reposição inflacionária de 5% no salário dos servidores. “Contudo, hoje, a inflação está 7% e até 2015, se continuar desse jeito, vamos ter um acumulado na inflação na casa dos 22%, ou seja, o salário do servidor permanecerá defasado”, desabafa.
Ampliação das condições de segurança para funcionários e alunos, abertura de concursos públicos para a contratação de servidores, melhorias da infraestrutura da universidade e das condições de trabalho são algumas das reivindicações do Sintufscar. O representante do sindicato estima que até amanhã 90% dos servidores da universidade, que são 885, devem cruzar os braços e na quarta-feira a discussão se concentra sobre a paralisação.
“Antes, a universidade se orgulhava em dizer que trabalhava com uma estrutura enxuta. Hoje essa estrutura é deficitária. Temos 885 servidores para três campi e o quarto, de Buri. Muitos servidores vão se aposentar em breve e não temos perspectivas de contratações”, explicou.
CRECHE – Nunes explica que outra preocupação do sindicato é quanto ao fechamento da Unidade de Atendimento à Criança (UAC) que atende aos filhos dos servidores da universidade porque o governo federal não autorizou a contratação de novos servidores.
A unidade atende 100 crianças e poderia atender a 160, incluindo alunos da comunidade fora da UFSCar.
Sobre o assunto, a universidade emitiu nota informando que a Administração Superior da UFSCar tem liderado, juntamente com a Anuufei (Associação das Unidades Universitárias Federais de Educação Infantil), o Grupo de Trabalho que vem buscando viabilizar que as unidades de Educação Infantil já existentes nas instituições federais de educação superior possam continuar em atividade. A iniciativa conta, inclusive, com o apoio do Ministério da Educação.
