Servidores querem voltar a trabalhar nas UPAs
Servidores que atuam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Cidade Aracy e Santa Felícia chamaram o Sindicato dos Servidores Municipais (Sindspam) na manhã de ontem. Com o fechamento das duas unidades, eles foram transferidos para a Vila Prado. Com o remanejamento, eles reclamam de ociosidade no horário de trabalho.
“Temos dois computadores para o atendimento na porta, mas cinco funcionários. O que a Prefeitura poderia estudar era a abertura das UPAs para procedimentos simples como uma inalação ou aferição de pressão arterial”, disse a vereadora Cidinha do Oncológico (SD), que é funcionária pública e enfrentou essa situação na madrugada de ontem. Ele presta serviços na UPA Santa Felícia. “O que todos querem é trabalhar, prestar um bom serviço para a comunidade”, complementou a vereadora.
Outros funcionários que preferiram o sigilo na identidade disseram que a UPA do Santa Felícia, por exemplo, presta atendimento de raio-x à Rede Pública de Saúde. E o município tem um custo mensal pelo serviço. “Nos casos mais graves, a gente encaminha para a UPA Vila Prado”, sugeriu uma funcionária.
ENCONTRO – O presidente do Sindicato, Adail Alves de Toledo, foi à Secretaria de Saúde e conversou com o titular da pasta, Caco Colenci. Ele acolheu a ideia dos servidores em oferecer os atendimentos básicos, sem a necessidade de médicos. Porém, numa consulta mais detalhada com a equipe da saúde municipal, constatou que é impossível abrir as UPAs sem médicos. “Infelizmente, a legislação não nos permite”, disse.
Para aliviar a falta de profissionais, Colenci explicou que na quarta-feira, dia 1º de fevereiro, serão apresentados os 20 médicos que aceitaram as vagas de concurso público. “Com esses médicos concursados, tentaremos reabrir as UPAs”, explicou.
Colenci ponderou que há a necessidade de se contratar mais 69 médicos. Para isso, a Prefeitura deve abrir uma concorrência pública visando a contratação de uma empresa para gerir a saúde nas UPAs. “Assim, poderemos recompor o quadro de 89 médicos”, comentou.