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Sintufscar comemora com bolo um mês de greve

12/07/2012 12h56 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Sintufscar comemora com bolo um mês de greve

 

O Comando de Greve do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos (Sintufscar) convocou uma entrevista coletiva na manhã de ontem, na reitoria da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), para apresentar o balanço parcial da greve dos servidores públicos que teve início no dia 11 de junho.

 

Para o evento foi confeccionado um bolo que marcou um mês da greve e de forma significativa a força dos grevistas que aderiram e mantêm a paralisação. Durante esse período, as negociações não avançaram e os técnico-administrativos não tiveram nenhuma contraproposta do governo para o término da paralisação.

De acordo com Antônio Donizeti da Silva, membro do comando de greve, hoje a paralisação ocorre em todas as universidades federais brasileiras. Nos três campi da UFSCar, o total de servidores em greve chega a 180 mil e a estimativa é que a paralisação esteja em 70% de adesão.

Os setores que estão sem trabalhadores parados de forma, parcial e até integral, são a Biblioteca Comunitária (BCo), o Restaurante Universitário (RU), a Divisão de Controle Acadêmico (DICA), Unidade Saúde Escola (USE) e o Setor Administrativo. “Esses setores são considerados essenciais no funcionamento da instituição. Consideramos o coração da universidade”, diz Silva.

Está prevista pelo Comando de Greve uma manifestação no Centro da cidade para a distribuição de uma carta aberta pedindo o apoio da população e também esclarecendo os motivos da greve. “O governo tem usado a mídia para afirmar que já concedeu reajustes para o funcionalismo. O que é muito contraditório por temos uma das maiores greves dos últimos dez anos do serviço público. O que denota claramente que não é verdade a versão apresentada pelo governo”, comenta Silva.

Segundo Antônio, a universidade teve um grande crescimento, inaugurando novos campus e cursos, fazendo com que dobrasse o número de alunos. No entanto há falta de professores, funcionários e até infraestrutura. Muitas manifestações, em todo Brasil, vêm sendo realizadas, por parte dos estudantes, contra essa expansão sem qualidade.

Vânia Helena Gonçalves, também integrante do Comando de Greve, comentou o apoio recebido pela Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior). Os reitores das universidades federais se colocaram a favor das reivindicações dos servidores, solicitando que governo abra o mais breve possível um canal para as negociações. E também se colocou em posição contrária à orientação do Ministério do Planejamento sobre corte de pontos dos grevistas.

“A greve não foi julgada ilegal, então é uma arbitrariedade o ministério mandar cortar pontos, sem ao menos ter tido negociação e julgamento da greve. É somente uma orientação do governo, os reitores das instituições não têm nenhuma obrigação em cumprir”, afirma Gonçalves.

No dia 18 de julho, os grevistas irão participar da caminhada da educação em Brasília, para mais uma vez protestar e reivindicar os interesses da greve.

 

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