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Sintufscar é contra a construção de novo prédio na UFSCar

12/09/2013 00h09 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Sintufscar é contra a construção de novo prédio na UFSCar

Funcionários do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos da Universidade Federal de São Carlos (Sintufscar) reuniram-se ontem, 11, próximo a entrada da UFSCar para realizar um abraço simbólico em palmeiras e eucaliptos da área, em defesa da permanência das unidades e a não instalação de um novo prédio.

 

Segundo os funcionários, além do impacto ambiental, o corte das árvores descaracterizará a entrada da universidade, já conhecida pela arborização de eucaliptos.

De acordo a Universidade a construção do novo edifício na área Sul do Campus São Carlos tem por objetivo garantir a expansão do Centro de Educação e Ciências Humanas da Instituição e que para isso obteve autorização do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema) no dia 13 de abril de 2013.

No local será construído um prédio de três pavimentos para o Departamento de Artes e Comunicação (DAC). Para a realização da obra serão extraídos 38 eucaliptos e uma mangueira, cuja compensação ambiental será feita por meio de doação, ao Horto Florestal do município, de 180 mudas de espécies nativas para plantio urbano.

Também serão retiradas 38 palmeiras que durante a obra serão transferidas para outro local da universidade. Assim que o edifício for finalizado, as palmeiras serão replantadas no entorno do novo prédio.

O coordenador do Sintufscar, Edgar Diagonel, afirmou que será realizada uma reunião que discutirá as mudanças da área e definirá por meios legais o pedido de interdição do desmate e da obra.

“Provavelmente hoje estaremos entrando com uma ação pedindo a interdição do corte dos eucaliptos e a mudança da obra para outra área”, explica Diagonel. Ele ainda comenta que o sindicato, até a assembleia de ontem, não estava ciente da autorização em desmatar a área para construir o novo prédio.

O secretário geral de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, José Salatiel Pires, explicou que a área é estudada há mais de um ano e discutida pelo Conselho Universitário (Consuni), do qual participam alunos, professores e inclusive funcionários.

“Estamos fazendo um estudo de todas as árvores da universidade, mapeadas por GPS, com intuito de avaliar as condições de cada uma, para servir como decisão de manejo da arborização urbana”, definiu Pires.

O diretor do Escritório de Desenvolvimento Físico da UFSCar, Douglas Barretos, disse que as mudanças são previstas pelo programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) que planeja a expansão física da universidade de acordo com a demanda social para vagas no ensino superior público e gratuito.

Para a expansão foi estudado uma série de características, estrutura física, a existência de árvores exóticas sem função de preservação e que após anos passaram a trazer risco à população. “Para todo projeto de expansão na universidade é levado em consideração as áreas impróprias e de reserva ambiental. Jamais serão feitas obras em áreas restritas e de grandes impactos ambientais”, concluiu Barros.

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