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Uma vida entre cliques, objetivas e revelações

02/11/2013 16h52 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Uma vida entre cliques, objetivas e revelações

Seguidor fiel do histórico Thomaz Ceneviva, Delarmando Baldan é sinônimo de fotografia. Ele é dono da clássica frase “junta mais” para aglomerar um grupo de pessoas em festas e outros eventos sociais e fazer a melhor foto, aquela em que todos os presentes aparecem.

 

Baldan nasceu no dia 10 de julho de 1944 na Fazenda Santa Elisa, no município de Descalvado. Ficou órfão de mãe aos cinco anos. Depois disso foi morar na Mooca, na capital paulista. Aos 18 anos foi servir ao Exército, em Pirassununga (SP). Depois disso trabalhou em várias empresas em São Paulo. Atuou em fábricas de motores, cabos de aço e de materiais para a indústria naval.

Em 1966, Baldan bateu as primeiras fotos. Com uma velha Olympus Trip ele começou a extensa carreira, que já dura 47 anos, onde ele retratou São Carlos e sua gente. Para sobreviver, o jovem Baldan lançou-se numa aventura de porta em porta oferecendo seu trabalho de fotógrafo, numa época em que ter uma máquina fotográfica era uma dádiva. Passou a rodar a região em cidades como Matão e Taquaritinga. Chegou a atuar em São Paulo e também no interior. “Eu alugava um quarto num hotel em São Paulo e montava um mini-laboratório onde fazia as fotos e vendia. Fiquei viajando durante cinco anos a trabalho”.

Baldan ressalta que fez a cobertura fotográfica de muitas greves. “Me lembro que numa delas o Gentil Brito queria me linchar juntamente com seus aliados políticos. Num outro episódio, a ex-vereadora Julieta Lui quebrou uma máquina fotográfica minha”.

Durante estes 47 anos de fotografia, Baldan assistiu a expansão da foto colorida, que somente na década de 1990 ilustrou os jornais de São Carlos. Também viveu o auge da foto de papel e a sua decadência, com o surgimento da fotografia digital. Mas ele não tem medo do futuro nem da tecnologia. “Não importa que hoje todo mundo tenha equipamento fotográfico ou que telefone celular seja máquina de tirar fotos. A foto digital melhorou, facilitou muito, pois é muito mais prático. As coisas caminham pra melhor”.  

Baldan é casado desde 1972, com Maria do Carmo e é pai de Patrícia e Carolina, e pretende continuar focando sua objetiva ao lado do inseparável companheiro e amigo Miltinho Antônio Marchetti. “É meu irmão, meu braço direito e meu braço esquerdo há quarenta anos”.

Ele confessa amar a fotografia.“Eu tenho paixão pelo que faço. Estou com quase 70 anos e não paro de trabalhar. Eu vou morrer trabalhando como ocorreu com o meu mestre e grande incentivador Thomaz Ceneviva. Só paro de fotografar se ficar cego ou aleijado”.

Para quem duvida, vale lembrar que no último sábado ele começou a trabalhar às 7h e só parou às 2h do domingo no Baile do Hawai do São Carlos Clube. “Graças a Deus não me falta serviço”, comemora ele.

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