Zoonoses alerta para o perigo da leishmaniose
A cada ano, quase 2 milhões de novos casos de leishmaniose são registrados no mundo, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, o Ministério da Saúde estima que quase 3 mil pessoas são contaminadas pela doença anualmente. O país respondeu por 90% das 600 mil ocorrências registradas em toda a América Latina entre 1992 e 2011.
Em São Carlos, segundo o coordenador da Divisão Municipal de Zoonoses, Arlen César Pane, a leishmaniose está sob controle. Este ano não houve nenhum registro da doença e a prevenção é realizada periodicamente, tanto para constatar se existem animais contaminados, como para exterminar possíveis focos do mosquito transmissor.
“A leishmaniose é transmitida pelo mosquito-palha e possui o período de incubação variável, entre dez dias e dois anos. Sendo assim, o animal pode estar com a doença e o dono não saber. Além disso, ela atinge tanto o animal, quanto o homem e tem cura se for descoberta no início”, relata o coordenador. “Os principais sintomas nos animais são lesões de pele, emagrecimento e fraqueza. Nos humanos são: febre prolongada, tosse seca, emagrecimento e, em casos mais graves, sangramentos na boca e no intestino”.
Pane diz que o controle do vetor é o mais importante a ser feito como medida de prevenção. “As principais recomendações são deixar sempre o quintal limpo, sem acúmulo de folhas, material úmido e até mesmo fezes dos animais domésticos, pois podem acumular umidade, que favorece a criação do mosquito-palha”.
Segundo o coordenador, a fiscalização é feita periodicamente para ver se mosquitos-palha são encontrados. “Se for encontrado algum, tem que se fazer um trabalho para controle de foco. Tentamos sempre fazer uma prevenção, o risco sempre existe, mas devemos usar medidas para diminuí-lo”.
Outra observação que Arlen faz é em relação aos veterinários. “Se o veterinário constatar a doença, deve imediatamente comunicar o nosso departamento, assim nos ajuda na questão da prevenção”, conclui.