Brasil quer mandar recado a rivais com boa estreia contra Croácia, diz Daniel Alves
Mais do que largar na frente em busca de uma vaga na próxima fase, a seleção brasileira quer passar uma mensagem de intimidação aos rivais e comprovar seu favoritismo na Copa do Mundo com uma vitória convincente na estreia contra a Croácia daqui a três dias, afirmou o lateral Daniel Alves nesta segunda-feira, 9.
O Brasil chega ao Mundial embalado pelo título da Copa das Confederações do ano passado, que enterrou as desconfianças sobre o time, mas após ter sido vaiado pela torcida no primeiro tempo da vitória magra de 1 x 0 contra a Sérvia, sexta-feira, em São Paulo, no último amistoso de preparação antes da competição.
Para apagar a impressão deixada no jogo do Morumbi, tanto dentro como fora de campo, Daniel Alves espera que a seleção brasileira consiga recuperar contra os croatas o bom desempenho e também a sintonia entre time e torcida.
“Não só vale os três pontos, vale também mandar um recadinho para os futuros rivais e para os futuros competidores, acho que é o jogo mais importante da Copa do Mundo, junto com a final”, afirmou o lateral-direito do Barcelona em entrevista coletiva, nesta segunda-feira, antes de treino da seleção brasileira na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).
Apesar de a partida de estreia na Copa, em 12 de junho, também ser na capital paulista, a seleção acredita que o clima de Copa do Mundo vai mudar o comportamento dos torcedores. O jogo será realizado na Arena Corinthians, construída na zona leste da capital para a Copa do Mundo.
“O Brasil, pelo fato de estar jogando em casa, ter o seu povo do seu lado, tenho certeza que o povo vai estar do nosso lado… isso fará com que o favoritismo da seleção brasileira seja real”, disse o lateral, um dos jogadores mais eloquentes do grupo, em uma entrevista coletiva descontraída e com grande número de jornalista diante da proximidade do início da Copa.
“HORA DA VERDADE”
A participação efetiva da torcida empurrando o time foi um dos fatores decisivos para o Brasil conquistar o título da Copa das Confederações, em especial na vitória por 3 x 0 sobre a Espanha na final, no Maracanã. O público incentivou os jogadores brasileiros e colocou pressão sobre os rivais antes mesmo do início da partida.
As manifestações nas ruas do país contra a realização da Copa, que ocorrem desde o ano passado, no entanto, geraram um ambiente de incerteza sobre o apoio à seleção brasileira, que inclusive foi alvo de um protesto no primeiro dia de preparação para a disputa do Mundial, em 26 de maio.
No domingo o time recebeu uma grande demonstração de apoio do público, quando quase 1.000 pessoas acompanharam a volta dos jogadores à Granja Comary.
“Para a gente é um presente ver que a torcida, que o nosso povo, já está entendo que a Copa chegou ao Brasil e que vai ser um momento maravilhoso. Sei que é difícil, às vezes, a gente deixar de fora a situação do nosso país, mas o mundo vai estar aqui e o mundo merece ser recebido como o brasileiro sabe receber, mesmo diante de qualquer situação”, disse.
Daniel Alves minimizou a atuação ruim do Brasil contra a Sérvia, em especial no primeiro tempo, em que os adversários foram superiores e estiveram perto de abrir o marcador. Segundo o lateral, mesmo inconscientemente os jogadores sabem a diferença de jogar um amistoso e disputar uma competição como a Copa do Mundo.
“A hora da verdade vai começar agora, as leituras têm que começar a ser feitas daqui para frente ou então ao final. O balanço de uma seleção ou de uma empresa tem que ser feito ao final, quando se consegue os objetivos ou não”, disse o jogador, que apontou Argentina, Espanha e Alemanha como os outros favoritos, atrás do Brasil.
