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Brasil se despedirá sem jogar no Maracanã

11/07/2014 19h35 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Brasil se despedirá sem jogar no Maracanã

Reuters/Darren Staples

A “certeza absoluta” que organizadores da Copa do Mundo tinham que o Brasil chegaria à final esbarrou na Alemanha, e a seleção brasileira vai se despedir do Mundial em casa sem sequer ter pisado no gramado do principal templo do futebol brasileiro, o Maracanã.

 

A tabela da Copa do Mundo não colocou a seleção brasileira para jogar no estádio que é um ícone do esporte mundial a menos que chegasse à final de domingo, independentemente de ficar em primeiro ou segundo lugar na fase de grupos.

Em vez disso, a seleção, líder do grupo A na primeira etapa do torneio, passou duas vezes por Belo Horizonte, duas por Fortaleza e jogará também pela segunda vez em Brasília na disputa de 3o lugar contra a Holanda no sábado, após a goleada histórica de 7 x 1 sofrida contra os alemães na semifinal.

Ou seja, o Brasil terminará o Mundial em casa tendo jogado em apenas quatro das 12 cidades-sede do torneio, passando por menos estádios que as outras três seleções que chegaram às semifinais.

As finalistas Argentina e Alemanha terão pisado em cinco e em seis gramados diferentes na Copa, respectivamente, quando encerrada a competição. A Holanda, por sua vez, terá jogado em cinco estádios.

No Maracanã, em particular, a final será a segunda partida das seleções da Argentina e da Alemanha. O estádio receberá uma final de Mundial novamente depois da derrota do Brasil para o Uruguai em 1950.

Mesmo a França, que parou nas quartas de final, jogou duas vezes na principal casa do futebol nacional, enquanto a seleção brasileira, que passou o Mundial inteiro treinando em Teresópolis, a apenas cerca de 100 quilômetros do estádio, não teve essa oportunidade.

O Maracanã, reformado para a Copa ao custo de 1 bilhão de reais e com capacidade para 74 mil torcedores, recebeu até mesmo a partida pouco empolgante entre Bélgica e Rússia entre os sete jogos no total lá, mas faltou espaço para o Brasil.

O último jogo da seleção brasileira no Maracanã foi a vitória de 3 x 0 sobre a Espanha na final da Copa das Confederações do ano passado, que também foi a última grande vitória da equipe do técnico Luiz Felipe Scolari.

A decisão de não colocar o Brasil para jogar no estádio no Rio na primeira fase ou mesmo nas etapas iniciais do mata-mata foi bastante questionada logo após ser anunciada, em 2011, mas o então presidente do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Teixeira, que também presidia a CBF, não apresentou qualquer explicação.

“Se Deus quiser vamos chegar à final, eu tenho certeza absoluta disso”, afirmou Teixeira à época, minimizando o risco de o Brasil não atuar no estádio. O dirigente deixou o comando das duas entidades em 2012 em meio a acusações de irregularidades.

Sem ter voltado ao Maracanã, a última lembrança da seleção brasileira no estádio em um Mundial continuará sendo o “Maracanazo” contra os uruguaios.

O departamento de comunicação do Comitê Organizador da Copa disse em e-mail à Reuters que os critérios de definição da tabela levam em conta questões climáticas e de logística, entre outros parâmetros.

“O Rio de Janeiro é a cidade que terá mais partidas somando a Copa do Mundo e a Copa das Confederações: dez, ao todo”, afirmou, acrescentando que “todas as sedes são protagonistas, sendo necessário equilibrar as partidas entre elas para que os investimentos, o legado e a visibilidade ocasionados pela Copa do Mundo sejam sentidos em todas as 12 sedes”.

 

BIS NO MARACANÃ

Os argentinos e os alemães já fizeram festa na casa do futebol brasileiro mesmo antes de chegarem à final.

A estreia da seleção de Messi na Copa foi num Maracanã lotado pela torcida argentina na vitória contra a Bósnia, enquanto os alemães festejaram a classificação para as semifinais com uma vitória sobre a França também no estádio.

 

Torcedores brasileiros que compraram ingresso para a final acreditando na “certeza absoluta” da presença do Brasil na decisão agora serão intrusos na festa dos outros.

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