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Dez momentos memoráveis da Copa do Mundo no Brasil

14/07/2014 17h50 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Dez momentos memoráveis da Copa do Mundo no Brasil
Reuters/Eddie Keogh
David Luiz chora após derrota de 7 x 1 para a Alemanha em Belo Horizonte.

De gols espetaculares a eliminações vergonhosas, com loucuras em campo e fora dele, a Copa do Mundo no Brasil foi uma das mais marcantes dos últimos tempos.

 

Confira abaixo 10 dos momentos mais memoráveis do Mundial:

 

1-O “MINEIRAZO”

Esperava-se que a Copa de 2014 fosse o torneio no qual o Brasil iria curar a ferida histórica do “Maracanazo” de 1950, quando o Uruguai derrotou a seleção por 2 x 1 no famoso estádio na primeira Copa sediada no país. No entanto, os brasileiros sequer jogaram no Maracanã dessa vez, sendo estraçalhados por 7 x 1 pela Alemanha na semifinal disputada no Mineirão, em Belo Horizonte. Cinco gols foram marcados em um intervalo de 19 minutos no primeiro tempo, no que acabou se tornando a pior derrota da história da seleção e a primeira em casa desde 1975. O “Mineirazo” vai assombrar o Brasil para sempre.

 

2-A MORDIDA

O atacante uruguaio Luis Suárez foi herói na vitória por 2 x 1 sobre a Inglaterra, mas se tornou vilão no jogo seguinte contra a Itália, em que inexplicavelmente mordeu o zagueiro italiano Giorgio Chiellini perto do final da partida, quando os italianos ainda reclamavam do gol que garantiu a vitória uruguaia por 1 x 0 e a classificação dos sul-americanos para as oitavas. A comemoração da vitória durou pouco para Suárez, com sua ação tendo repercussão mundial. A Fifa puniu o jogador por nove jogos pelo Uruguai, o que na prática o expulsou do Mundial, e o baniu por quatro meses de qualquer atividade relacionada ao futebol –a pior sanção já imposta em uma Copa do Mundo. O incidente, no entanto, não impediu a transferência do atacante para o Barcelona por 81 milhões de euros (111 milhões de dólares).

 

3-O GOL DO TÍTULO

O meia Mario Goetze vinha tendo um torneio apagado pela Alemanha, perdendo a vaga no time titular durante os últimos jogos. Mas tudo isso foi esquecido após o jogador do Bayern de Munique ser colocado em campo na final contra a Argentina. Aos 8 minutos do segundo tempo da prorrogação, como placar em 0 x 0 e uma decisão nos pênaltis se delineando após um jogo tenso em que ambas as equipes perderam chances claras, o criativo meia de 22 anos recebeu um cruzamento de Andre Schurrle. Ele dominou a bola no peito e pegou de voleio para marcar o gol do título, imprimindo seu nome na história do futebol.

 

4-A FALTA

A Copa do Mundo acabou para o Brasil de verdade quando o lateral colombiano Juan Camilo Zúñiga saltou sobre as costas de Neymar com o joelho erguido durante uma violenta partida pelas quartas de final. Neymar, cujos quatro gols e grandes atuações vinham empurrando o Brasil, deixou o campo aos prantos em uma maca, com uma fratura numa vértebra. O Brasil venceu a partida por 2 x 1, mas o time, abalado emocionalmente e desfalcado de seu único craque, acabaria perdendo o jogo seguinte por 7 x 1 para a Alemanha e novamente por 3 x 0 para a Holanda na disputa pelo terceiro lugar.

 

5-O RECORDE

O chute à queima roupa do veterano atacante alemão Miroslav Klose na semifinal contra o Brasil, aos 23 minutos do primeiro tempo, fez dele o maior artilheiro de todos os tempos em Copas do Mundo, com 16 gols. O jogador de 36 anos havia empatado a marca de 15 gols do brasileiro Ronaldo com um gol no empate em 2 x 2 com Gana pela Grupo G. Melhor atacante alemão de sua geração, Klose jogou quatro Mundiais e marcou no total 71 gols em 136 jogos com a camisa da Alemanha.

 

6-O GOL

Enquanto a maior parte do mundo voltava as atenções para Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo como prováveis destaques do Mundial, foi o colombiano James Rodríguez quem ofuscam a todos os astros com sucessivas atuações brilhantes, tornando-se artilheiro da competição com seis gols marcados durante uma campanha histórica de sua seleção, que chegou às quartas de final. Para a maioria dos comentaristas, Rodríguez marcou o gol mais bonito da competição, ao ter a presença de espírito para olhar sobre ombro e checar a posição do goleiro antes de matar a bola no peito e virar o corpo para pegar ainda no alto e acertar um chute a 25 metros de distância.

 

7-A DANÇA

Ninguém mexe as cadeiras como os colombianos. O gingado alegre em comemoração aos gols vai ficar na memória por um longo tempo, assim como as comemorações de Camarões em 1990. Foi o lateral-esquerdo Pablo Armero, conhecido pelas danças em seu clube e na seleção, quem liderou as coreografias após marcar um gol aos cinco minutos do jogo de estreia contra a Grécia. O jogador de 27 anos correu em direção ao banco, chamou os companheiro e então liderou uma dança claramente ensaiada com passos de salsa, que rapidamente se tornou um febre na Colômbia. As danças se sucederam nos 12 gols marcados pela Colômbia na competição, com o time alcançando as quartas de final pela primeira vez desde 1990.

 

8-A CABEÇADA

A miserável campanha de Camarões na Copa do Mundo atingiu o fundo do poço quando o zagueiro Benoît Assou-Ekotto deu uma cabeçada no companheiro Benjamin Moukandjo já no final da derrota por 4 x 0 para a Croácia. Jogadores de ambos os times intervieram para interromper a vergonhosa briga entre colegas de equipe, que simbolizou o caos entre os ‘Leões Indomáveis’. “Tal comportamento é realmente nojento, não dá, é impossível”, disse o técnico Volker Finke. No mesmo jogo, o meia Alex Song foi expulso após dar uma cotovelada no croata Mario Mandzukic pelas costas de maneira bizarra, em frente ao juiz. Tudo isso depois do time ter ameaçado uma greve antes de embarcar para o Brasil e do capitão Samuel Eto’o sofrer uma lesão.

 

9-AS PRECES

A Argélia encerrou a espera de 28 anos por um gol na Copa do Mundo quando Sofiane Feghouli acertou um chute aos 25 minutos e abrir o placar no jogo contra Bélgica pelo Grupo H. Os jogadores da única nação árabe na Copa ostentaram com orgulho sua crença muçulmana ao ajoelharem-se em prece para agradecer pelo gol. Os norte-africanos perderam o jogo por 2 x 1, mas seguiram para marcar mais seis gols em uma campanha surpreendente, encerrada com uma derrota por 2 x 1 para a Alemanha nas oitavas de final.

 

10-O TRAVESSÃO

Nos últimos minutos da prorrogação, com o placar empatado em 1 x 1 no jogo pelas oitavas de final contra o Brasil, o atacante chileno Mauricio Pinilla acertou uma bomba no travessão que salvou o Brasil da eliminação antes de seguir para a cobrança de pênaltis. O Chile acabou derrotado, mas se o chute de Pinilla tivesse sido centímetros mais baixo, ele teria se tornado um herói nacional ao reverter uma sequência dolorosa de derrotas para o Brasil, que também eliminou os chilenos nas Copas de 2010, 1998 e 1962. Ao retornar para casa, Pinilla tatuou a bola batendo no travessão nas costas com a legenda: “Um centímetro para a Glória.” (Reportagem adicional de Gideon Long, Erik Kirschbaum e Alexandra Ulmer)

 

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