Ensemble SP e Luís Afonso Montanha se apresentam no Sesc
O Sesc de São Carlos promove temporadas de música de câmara no projeto denominado Em Concerto. O projeto é constituído por concertos que trazem um amplo repertório e privilegiam as criações de compositores nacionais contemporâneos são apresentados ao público.
Hoje (26), às 20h, quem se apresenta Ensemble SP e Luís Afonso Montanha, com o Quinteto para Clarinetes e Cordas. Este é um projeto reúne alguns dos principais músicos da cena erudita brasileira e é inspirado na composição do Quinteto para Clarinete e Cordas, Opus 115, do compositor alemão Johannes Brahms, uma das peças fundamentais do repertório mundial de música de câmara.
Com forte interpretação poética, apuro estético e exuberância, o concerto une o clássico ao contemporâneo e o erudito ao popular. Participam das apresentações o clarinetista e claronista Luis Afonso Montanha, juntamente com o Quarteto de Cordas Ensemble SP, formado por Betina Stegmann (violino), Nelson Rios (violino), Marcelo Jaffé (viola) e Robert Suetholz (violoncelo).
Brahms escreveu esta peça, em 1891, inspirado pela competência técnica e qualidade interpretativa do clarinetista Richard Mühlfeldd e explorou nela todo o alcance de cada instrumento do quinteto, criando uma complexidade rítmica que só os músicos mais competentes conseguem interpretar na íntegra. A peça continua a ser apreciada ao longo dos anos. O repertório conta ainda com o talento de dois renomados compositores brasileiros da atualidade, Aylton Escobar e Luca Raele, que aceitaram o desafio de trabalhar duas novas composições acentuando a competência técnica e interpretativa dos músicos envolvidos, assim como as novas oportunidades e desafios da composição contemporânea para o quinteto. Num ambiente eletroacústico, Aylton Escobar utiliza amplos recursos técnicos da formação tradicional (com duplicidade instrumental), somada à expressividade “teatral” dos intérpretes (texto verbal, poesia etc) na peça Apenas um momento lírico. Já Lucas Raele – um dos mais eruditos músicos da cena popular brasileira – transforma fortemente os materiais da obra romântica, que é lembrada a partir de traços muito genéricos, induzindo a associações dispersas e conduzindo o discurso musical para caminhos inesperados de indeterminação rítmica na composição Chuva e Depois.
Serviço
Ensemble SP e Luís Afonso Montanha
Dia 26, sexta, às 20h.
Teatro. GRÁTIS. Retirada de convites com 1h de antecedência. 12 anos
269 pessoas