Família Crnković torce para o Brasil com camisas da Croácia
A reunião de aproximadamente 25 pessoas estava em uma torcida dividida no jogo entre a seleção brasileira a da Croácia no final da tarde desta quinta-feira, 12, em São Carlos. A família Crnković (pronuncia-se cencrovic) é de origem croata e ali, juntos, estavam a segunda, terceira e quarta gerações. O jogo realizado na Arena Corinthians marcou a abertura da Copa do Mundo e a seleção de Felipão venceu por 3 a 1.
De acordo com Fernando Crnković, que é da terceira geração, todos sem exceção torciam para o Brasil. As camisas e decoração com motivos da Croácia foi apenas uma homenagem a origem da família que veio para o Brasil com o avô de Fernando.
“Toda a família está torcendo ardentemente para o Brasil campeão. Isto aqui é apenas uma homenagem às nossas origens”, afirmou.
Logo no primeiro tempo um gol contra do atacante Marcelo deu vantagem à seleção croata. O fato gerou mais lamentos que algum esboço de alegria. Na reunião predominava as camisas em verde e amarelo contra a camisa quadriculada em branco e vermelho croata.
As poucas camisas que lembravam o uniforme da seleção croata foram feitas para uma festa anterior do clã e tinham grafadas nas costas o sobrenome Crnković. Mas não passavam de seis nesse grupo.
Na sequencia um gol de empate de Neymar fez a casa vibrar, literalmente pela seleção brasileira, independente das diferentes das camisas. Para Neide Crnković, a dona da casa, o segundo gol da partida a favor do Brasil foi um alívio e mostrou que a seleção canarinho tem futuro na Copa. “Espero que o placar chegue a três a um para o Brasil. Um gol da Croácia é só para homenagear nossa origem”, afirmou.
O final do primeiro tempo foi a deixa para que a família postasse sobre a mesa os quitutes relativos a festa junina. O mais próximo da cultura croata que se via ali era o vinho quente. Segundo Fernando, a família se desligou dos costumes do Leste Europeu.
“O vinho é cultural na região. Mas em nossa família a bebida alcoólica não é lá muito apreciada. Aqui hoje só mesmo um quentão é um vinho quente por conta das festas juninas”, relatou Fernando.
O segundo gol do Brasil, de pênalti, foi também comemorado por todos. E as investidas da seleção croata eram vistas como perigo ameaçando a vitória brasileira. O terceiro do Brasil a festa não foi diferente.
Fernando que esteve no ano passado na Croácia pretende resgatar a história dos Crnković. “Se encontrarmos em qualquer parte do mundo são da mesma família” afirmou Fernando.