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Filme francês traz Juliette Binoche como jornalista ativista

02/02/2020 00h03 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Filme francês traz Juliette Binoche como jornalista ativista Fotos: Divulgação

O filme “Vision” produção francesa de 2018, drama com direção de Naomi Kawase será exibido hoje (02) no SESC São Carlos às 17h30 e na terça-feira (11), às 20 horas. A sessão é gratuita e recomenda-se a retirada limitada a dois ingressos por pessoa, com 1 hora de antecedência, os lugares são limitados.
No filme a jornalista francesa Jeanne vai ao Japão em busca da Vision, uma erva rara que nasce a cada 997 anos, e promete curar toda a angústia e fraqueza espiritual da humanidade. Um evento milenar está prestes a ocorrer nas montanhas Yoshino de Nara, onde há 20 anos Jeanne viveu seu primeiro amor, e agora será confrontada pelo passado.
Confira a crítica do filme escrita por Leonardo Ribeiro da equipe do site Papo de Cinema (www.papodecinema.com.br).
A busca pela sensorialidade, sempre presente no cinema da japonesa Naomi Kawase, parece ter se intensificado desde o seu trabalho anterior, Esplendor (2017), que narrava o romance entre um fotógrafo, vivenciando a perda gradativa de sua visão, e uma jovem roteirista de audiodescrições cinematográficas voltadas a deficientes visuais, para tratar da ausência de um dos sentidos humanos como ponte para amplificação dos demais.
Já pelo título do novo longa da cineasta, Vision, a continuidade temática parece explícita, sendo reforçada pela presença de uma personagem cega – a anciã (Mari Natsuki), que serve como uma espécie de espírito guardião da floresta de Nara, local onde se situa a trama. Todavia, aos poucos, nota-se que Kawase procura construir a desejada experiência sensorial por uma via ligeiramente distinta, já que a “visão” do título se refere a uma erva que, supostamente, surge a cada mil anos, liberando esporos com o poder de dissipar a dor humana.
É atrás da mítica erva que a francesa Jeanne (Juliette Binoche), acompanhada da jovem tradutora Hana (Minami), parte para o Japão, chegando à citada floresta de Nara, onde conhecem Tomo (Masatoshi Nagase), guarda-florestal que há 20 anos vive recluso no local e que as hospeda em sua casa. Desenvolve-se, então, uma relação entre Jeanne e o solitário tomo, enquanto ambos acabam tendo que lidar com fantasmas pessoais do passado e projeções do futuro.
Entre flashbacks e o que se supõem como vislumbres de um salto temporal à frente – as cenas dos anciões discutindo a transformação do vilarejo – Kawase investe em uma narrativa solta, de conexões menos rígidas, estabelecendo um fluxo de sugestões que vai se tornando cada vez mais hermético na concepção de seu drama metafísico. Essa busca pela espiritualidade, envolvida pelo elemento das forças da natureza, não é novidade na obra da diretora, vide títulos anteriores como O Segredo das Águas (2014) ou aquele que elevou seu nome a um novo patamar, Floresta dos Lamentos (2007).

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