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Goleada faz da Alemanha modelo para a seleção brasileira

09/07/2014 23h04 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Goleada faz da Alemanha modelo para a seleção brasileira

Reuters/Marcos Brindicci

Sem encontrar explicações para a goleada de 7 x 1, Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira exaltaram as qualidades do futebol alemão para tentar justificar, nesta quarta-feira, 9, a maior derrota da história do futebol brasileiro, e apontaram os algozes do Brasil como modelo a ser seguido.

 

“O futebol alemão hoje é perfeito, e o resultado está ai”, afirmou Parreira, coordenador técnico da seleção, em entrevista coletiva da comissão técnica da seleção no centro de treinamento da Granja Comary, em Teresópolis (RJ), um dia depois da derrota do Brasil para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo, em Belo Horizonte.

Enquanto Felipão e Parreira assumiram a seleção no final de 2012 e tiveram cerca de um ano e meio para preparar o time antes da Copa do Mundo em casa, o alemão Joachim Loew está envolvido no comando da seleção alemã há 10 anos.

Ele chegou ao time em 2004 como assistente do então técnico Juergen Klinsmann, e o sucedeu depois da Copa do Mundo de 2006, quando a Alemanha ficou em 3o lugar no Mundial realizado no próprio país.

A equipe que começou a ser formada naquele Mundial se consolidou e ganhou experiência ao longo dos anos. Jogadores como Lahm, Klose e Schweinsteiger, que enfrentaram o Brasil no Mineirão, fazem parte do time desde então, enquanto a maioria do time desde Mundial esteve também na Copa do Mundo de 2010.

O Brasil, por outro lado, tem somente seis jogadores entre os 23 convocados com experiência em Copa do Mundo, um fator que Felipão apontou como deciviso quando o time levou quatro gols num intervalo de apenas seis minutos do primeiro tempo do jogo de terça-feira.

“Essa equipe da Alemanha tem oito anos de preparação. Nós temos um ano e meio. A experiência em determinados momentos é importante. Nós queriamos muito chegar a uma final, e nesse querer, tomamos um segundo gol e depois um atrás do outro”, afirmou o técnico Felipão na entrevista da comissão técnica.

Os dois principais aspectos da Alemanha apontados pelos comandantes da seleção brasileira como fatores a serem aprendidos pelo Brasil são a formação de jovens jogadores e a continuidade do trabalho do treinador.

No aspecto das categorias de base, Parreira eximiu a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de responsabilidade, mesmo reconhecendo que na Alemanha a federação de futebol do país tem papel fundamental nisso. Segundo ele, os clubes de futebol do Brasil precisam voltar a se dedicar à tarefa de revelar novos jogadores.

“Está evidente que os alemães e os europeus de modo geral se dedicaram a melhorar os jovens jogadores, melhorar o nível dos treinadores, melhorar a formação dos jogadores, melhorar os campeonatos”, disse.

“Aqui a CBF não é formadora de jogadores, a CBF recebe os jogadores prontos e monta a equipe para disputar campeonatos. É importante que a gente se concentre naquilo que a gente já foi muito bom, que é o trabalho de formação de base dos clubes.”

Felipão e Parreira, que voltaram à seleção graças à tradição brasileira de trocar técnicos de acordo com resultados –Mano Menezes foi demitido em 2012 após pouco mais de dois anos no cargo– defenderam que os técnicos no Brasil tenham continuidade em seus trabalhos, à exemplo de Loew.

“A seleção do Joachim vem desde 2006 trabalhando bem, mas o Joachim vem chegando a semifinais e não tinha vencido, não chegando a nenhuma final, mas é uma trabalho de sequencia, e isso vem melhorando”, disse Felipão.

“Quem sabe a gente fazendo o trabalho em cima dos jogadores jovens a gente possa estar dando os primeiros passos para ter muitos bons jogadores jovens e já alguma experiencia na próxima Copa do Mundo”, acrescentou.

 

Apesar do discurso de continuidade, Felipão se negou a dizer se gostaria de permanecer à frente da seleção e disse que seu futuro será decidido junto com a CBF depois da decisão de 3o lugar da Copa do Mundo, no sábado, em Brasília.

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