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Índios visitam o Jesuíno e apresentam seus costumes aos alunos

11/10/2013 23h40 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Índios visitam o Jesuíno e apresentam seus costumes aos alunos

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem o Programa de Educação Tutorial (PET) – Saberes Indígenas, que objetiva a construção de um grupo de aprendizagem coletiva e interdisciplinar formado por estudantes indígenas de diferentes cursos de graduação e de diferentes etnias, focalizando a problemática da proteção e valorização do conhecimento indígena, contribuindo para a permanência e o sucesso acadêmico do aluno indígena na instituição. Na tarde de ontem, quatro estudantes indígenas visitaram a escola estadual Jesuíno de Arruda para levar até os alunos um pouco da realidade existente no país e mostrar que um pouco do conhecimento indígena.

 

Maria Cristina Comunian Ferraz, tutora do PET, explica que esse trabalho visa disseminar a cultura indígena para que as pessoas entendam e valorizem esse conhecimento brasileiro.

“Essa visita à escola foi muito bacana, fomos convidados pela escola para contar um pouquinho sobre o que são esses saberes indígenas, sendo que, infelizmente, a população brasileira desconhece a cultura indígena, as lutas que eles enfrentam para manter a identidade e a realidade em que vivem”, explica a tutora.

Os índios presentes representam os povos Mayoruna, Piratapuia, Terena, no entanto, o projeto possui mais de dez etnias indígenas.

Edimara Aparecida Ferri Marques, professora e responsável pela Biblioteca da escola, acredita que essa é uma dinâmica diferenciada e necessária para que os alunos tomem conhecimento daquilo que aprendem nos livros. “Essa é uma forma de mostrar que o índio é real e fazer com que eles conheçam um pouco da história deles, saber como deixaram suas aldeias para se dedicar aos estudos em São Carlos e outras curiosidades”, relata. “Alguns alunos foram selecionados para que multipliquem a informação dentro da escola, no entanto, essa dinâmica deve ser repetida para que outros estudantes também participem”, completa.

A conversa despertou a curiosidade dos alunos, que fizeram perguntas sobre a vida deles, como eles vivem nas aldeias e os conceitos de seu povo.

Alberto, da tribo Piratapuia, diz que essa conversa, assim como o trabalho realizado pelo PET, permite que eles mostrem que existem. “As pessoas muitas vezes não sabem da nossa existência. Com isso podemos mostrar alguns conceitos e mostrar a luta pelo nosso povo”.

Durante a conversa eles relataram que a ideia é retornar às aldeias onde estão seus familiares e, com os estudos adquiridos, ajudá-los e lutar pelos direitos de cada povo.

 

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