Peça leva para crianças as diversas possibilidades de diversão
Atualmente é muito fácil ver crianças vidradas em jogos eletrônicos, celulares, redes sociais, computadores, deixando de lado a diversão de forma lúdica e o relacionamento com as pessoas. A peça da companhia Maracujá Laboratório de Artes, de São Paulo, que será apresentada neste sábado, no Sesc São Carlos, às 16h, trata exatamente deste assunto.
De acordo com Camila Ivo, produtora que fala em nome da companhia paulistana, o espetáculo conta a história de três crianças contemporâneas que são vidradas em todo tipo de tecnologia e comunicação virtual: computadores, celulares, redes sociais, jogos eletrônicos. Elas se desconectaram de outras possibilidades de diversão e relação com o outro. Então, quando começam a receber mensagens misteriosas em seus celulares falando sobre um tesouro perdido, acabam embarcando em uma viagem pela literatura e pelo teatro. “Essas mensagens os fazem ler e interpretar partes de histórias e acabam também descobrindo o seu tesouro: a riqueza proporcionada por aprender, por se aprofundar nas coisas”, diz.
O grupo tem a característica de trabalhar sempre com elementos contemporâneos, buscando dialogar diretamente em seus espetáculos com referências atuais, tanto na escolha das técnicas quanto de temática. “A peça se utiliza de técnicas de animação como manipulação direta, bonecos infláveis e teatro de sombras, além da manipulação de grandes sanfonados, que se transformam o tempo todo em vários elementos do cenário. Isso permite que o espaço seja o tempo todo modificado”, observa.
O espetáculo, apesar de lidar com diversas questões que poderiam ser tratadas de forma didática, busca levar isso ao público de forma artística, lúdica, sem querer dar “lição de moral”.
“As nossas mensagens são passadas de maneira sutil, em situações representadas que são muito próximas do cotidiano. Isso gera uma identificação maior do público, que sempre responde de forma muito calorosa”.
A apresentação conta com músicas compostas pelo próprio elenco, Eder dos Anjos, Lucas Luciano e Ronaldo Liano, junto com o diretor Sidnei Caria. “Os quatro compuseram todas as letras e melodias. As músicas estão totalmente vinculadas às cenas, e reforçam algumas situações que são vivenciadas pelos personagens”, declara a produtora.
