Tecnologia do gol e França estreiam com brilho no Brasil
A justiça foi feita em todos os sentidos no domingo em Porto Alegre, quando a tecnologia do gol passou com mérito em seu primeiro teste na Copa do Mundo e o futebol leve e ofensivo da seleção da França superou a tática truculenta de Honduras.
Com a França vencendo o jogo do Grupo E por 1 x 0, graças ao pênalti de Karim Benzema, pouco antes do intervalo, o sistema GoalControl entrou em cena aos três minutos do segundo tempo.
O chute de Benzema ricocheteou na trave e cruzou pela frente do gol, e em seguida o goleiro hondurenho Noel Valladares empurrou a bola acidentalmente para dentro de sua própria rede.
A olho nu, seria quase impossível dizer se a bola cruzou a linha. Para aumentar a confusão, Benzema saiu comemorando, enquanto Valladares gesticulava para convencer o árbitro brasileiro Sandro Ricci de que desviou a bola a tempo.
Mas não houve como enganar o GoalControl.
O sistema, que usa 14 câmeras de alta velocidade posicionadas ao redor do campo, sete focalizando a entrada de cada gol, confirmou para Ricci que a bola havia cruzado a linha, e ele confirmou o gol que deu o placar de 2 x 0 para a França.
Benzema ainda fez mais um para os franceses, dando aos campeões mundiais de 1998 uma vitória confortável de 3 x 0 -– mas se a tecnologia não estivesse disponível, é improvável que o juiz tivesse validado o gol.
Em 2012, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, declarou “um dia histórico para o futebol internacional” quando o meio-campista da Inglaterra Frank Lampard “marcou” seu “gol fantasma” na Copa do Mundo de dois anos antes na Alemanha, o que o convenceu da necessidade da tecnologia do gol.
Mas, se a tecnologia teve seu papel na vitória francesa, o time mereceu totalmente os três pontos.
O ritmo, os ataques objetivos e a criatividade foram um contraste acentuado com a abordagem agressiva e hostil dos hondurenhos.