16 de Maio de 2024

Dólar

Euro

Notícias

Jornal Primeira Página > Notícias > E novamente, fomos pescar…

E novamente, fomos pescar…

23/12/2011 13h34 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
E novamente, fomos pescar…

Destino: Águas do baixo Tietê
Objetivo: Tucunaré,
Local: Sud Mennucci

Mas espera aí, tucunaré no baixo Tietê? Sim, é isso mesmo!!!
Sabe lá Deus como, estas famílias de cardume dos ciclídeos, incluindo varias espécies como veremos mais adiante, foram parar lá, assim como no imponente Rio Grande e no Paraná, uma vez que estes, como sabemos, são originárias da Bacia Amazônia e Araguaia Tocantins. O que se imagina é que seguramente sua introdução foi no mínimo ilegal e arbitrária para não dizer algo mias forte, porém, não estamos aqui para julgar. Assim como em outros destinos, lá em Sud Mennucci, pode se pescar tucunaré o ano todo, por ser consideradas espécies exóticas, não nativa, mas tem que saber quando são as melhores oportunidades e possibilidades e para isso nada melhor que contar com um bom guia, com conhecimentos e com bom critério como quem nos atendeu nesta viagem.

A diferença
Acontece que lá na sua região originária os tucunarés obedecem aos chamados da natureza e, portanto, se conhecem bem fundamentados, técnica e cientificamente seus ciclos de vida e comportamentos. Aqui, em um ambiente ainda que parecido, as diferencias de clima, temperatura, oscilações do meio, caudal e velocidade das águas e ainda o controle das águas através das usinas-barragens, com as comportas comandadas pelo homem de acordo com as necessidades, podem seguramente, criar uma grande variação de comportamentos e seus ciclos.
Por outro lado, nestas regiões do sudeste e centro oeste, não possuem nenhum tipo de dado estatístico, estudo, etc. por não ser do interesse dos órgãos que cuidam de estes assuntos como Ibama, através do seu braço técnico o Cepta do IcmBio, pois consideram estas espécies nestas regiões, invasoras e com liberdade para dizimá-las à vontade, por isso, a autorização de poder pescá-las à vontade, inclusive durante a piracema ou defeso.

O aspecto social e desenvolvimento
A nossa equipe considera que muitas famílias, muitos ex-pescadores profissionais, e outros interessados, trabalham com pesca esportiva, atendendo a demanda crescente de interessados neste esporte, atividade, é de onde tiram seu sustento, inclusive mais digno e com menos matança de outras espécies, fazendo com que tanto as cidades como os comerciantes, pousadas, hotéis e demais serviços sejam beneficiados por essa prática e atividades, criando empregos, valor agregado, sustentação e desenvolvimento. Na nossa forma de ver o assunto, e ainda, não saber realmente quais são os danos comprovados para o meio ambiente que esta invasão tenha provocado ou venham a provocar, sé provocar, é que as autoridades olhem para essa realidade social, e possam através dos seus meios disponíveis criem condições e regulamentar esses aspectos em benefícios. Imaginamos que será impossível reverter a “invasão”.

Ficha Técnica

Local escolhido
Sabíamos que a piscocidade é elevada e de bom tamanho, tanto para os tucunarés como para a corvina, cada uma na sua época, para esta última sazonal, e para o tucunaré em vários períodos durante todo o ano como agosto, setembro, outubro, ou em qualquer momento é só consultar, especialmente com quem sabe, como nos fizemos.
Distância de São Carlos, pouco mais de 370 km, Washington Luz até S. J. Rio Preto, e aí pouco depois se pega à direita, a Rodovia Feliciano Sales Cunha, até lá.

Espaços e ambientes de pesca
Neste quesito a região é privilegiada, o Tietê nos surpreendeu pela quantidade de “braços” que formam “lagunas”, estes, por sua vez, são muito grandes em largura e comprimento, em curvas e recantos, com muita estrutura, vegetação nativa, ciliar, baixios e praias à vontade, assim como locais de profundidade média com muita, mais muita alga do tipo Elódia, fácil de pescar sem enroscos complicados, fáceis de “soltar” sem prejuízo à pescaria. Uma maravilha, sem contar ainda as famosas estruturas de “paliteiras” intermináveis. Os deslocamentos náuticos para atingi-las não são demorados. A água é cristalina, ideal.

Estrutura de pesca esportiva e amadora disponível
Nesta oportunidade, fomos atendidos na Pousada do Zú, que merece um capítulo aparte. Independente de texto a seguir é bom dar uma navegada no site www.pousadadozu.com.br
Seu Zú e dona Tereza, vêm construindo e desenvolvendo este local de receber, aos poucos, de forma pessoal, com esforço e reinvestimento constante, com dedicação, muito trabalho, e determinação. No nosso modo de ver, mais que uma pousada no sentido da palavra, é muito mais no sentido prático, é um local de pouso. É um sítio familiar, mesmo, um grande local físico que abriga a casa de cada integrante da família que também trabalha no empreendimento, e ainda, tem espaços reservados para bem receber. Estrutura simples, quartos com beliches e camas, banheiro, ventilador de teto, geladeira, com uma pequena varanda. Rodeado de frutíferas carregadas de mangas de diversas espécies, lichias (na época), amoras, entre outras. O local das refeições é também o ponto de encontro de hóspedes e anfitriões, sempre divertido e entretido, a diária inclui café da manhã, à moda de sítio, (inclusive o café colhido e torrado por eles), o almoço ou de preferência, lanche para levar na pescaria, para não ter que voltar, assim perdendo tempo. Também o jantar. A este respeito, diga-se de passagem, todas as refeições preparadas primorosamente e “caipiramente” pela dona Tereza e seus comandados, e a todo o momento, o carinho a atenção e a simpatia do seu Zú, e família. Muito mais que um pouso é um convite a uma excelente estada.
Pelo que sabemos o seu Zú já está pensando em ampliar a estrutura com mais alguns apartamentos, com ar condicionado, e uma atualizada nos existentes, e adicionar alguns serviços diferenciados, como por exemplo, ter um estoque de refrigerantes, água e cerveja para que o hóspede se abasteça de acordo com a preferência sem ter que se preocupar com compras de última hora, carregar no carro, e ainda perder tempo de descanso tendo que ir à cidade a comprar.
Barcos bem equipados para pescarias, e com serviço de guias, estão disponíveis.

Particularmente fomos atendidos pelo Adilson, filho e fiel escudeiro do seu Zú. Podemos dizer com conhecimento de causa que o “cara” é profissional, sabe, e muito, da região, pescaria técnica, estilos, tem uma memória fora do comum para lembrar diferentes anos com diferentes épocas e comportamentos do tucunaré e da corvina.
Não descansa até o seu passageiro pescador, pescar seus exemplares. Ajuda no desenvolvimento do pescador, dicas de arremesso, tipos e forma de utilização de iscas, etc. Mais informações, pelo site ou direto no telefone (18) – 3786-7236.

Vamos para água
Efetivamente sabíamos que uma virada de tempo estava acontecendo, muito vento, probabilidade de chuva já quando estávamos à caminho, porem, estava marcado e a gente é profissional e tem que enfrentar.
Embarcamos, e assim que saímos do braço no qual a pousada está, começamos a ver o potencial do local ainda pouco explorado, e por enquanto digamos, protegido pelos próprios empreendedores.
Na primeira para ficar a reparo de uma possível ventania que se estava armando, entramos em uma quase “lagoa” com um perfil e estrutura física invejável.

As capturas
Impressiona o que tem de peixes, por todo lado, porem fisgá-los é que foi o assunto.
Foi um festival de grandes juvenis, imaginamos que da geração passada. Os de meio porte e grandes, conforme percebemos estavam mais no meio dos canais, nas partes mais profunda, debaixo das emaranhadas algas Elódias, protegendo suas respectivas proles, pois estávamos na época pós nascimentos. Diga-se de passagem, que o nível de águas do rio estava baixo, bastante com respeito ao nível normal.

Por momentos conseguíamos ver através da superfície em alguns momentos grandes cardumes de pequenininhos alevinos (lá chamados de chuveirinhos) vai saber porque, protegidos pelos casais, que a pesar de tentá-los tanto no bait cast como no fly, simplesmente seguiam a isca, atropelavam, sem atacá-la como é costume, refugando-a. Foram tantas tentativas, quanto repetidas situações. De qualquer forma, os atrevidos juvenis, não paravam de atacar e maltratar nossas iscas, muito divertido, ver atacando até artificiais sem anzóis, só de farra.
O curioso e que chamou nossa atenção foi a variedade de “desenhos e cores” dos bichanos, um festival de beleza. Vale muito a pena. Os crescidos também estão lá.

Ate a próxima
Saudações Pacu
Caros Leitores
FELIZ NATAL, MUITAS FELICIDADES em 2012
Seu Zé da Pesca

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x