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Atendimento na Casa do Trabalhador supera média diária

06/01/2015 06h10 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Atendimento na Casa do Trabalhador supera média diária

A Casa do Trabalhador teve um primeiro dia útil do ano bastante agitado. Segunda-feira, 5, cerca de 400 pessoas utilizaram serviços oferecidos pela Secretaria Municipal de Emprego e Renda. Segundo o secretário da pasta, Hilário Apolinário de Oliveira, o que explica a movimentação acima da média (que fica entre 250 e 300 pessoas por dia) é a busca do seguro-desemprego, da carteira profissional, do passe-emprego: “Também temos a questão do layoff de cinquenta trabalhadores de uma empresa da cidade, isso também contribuiu para dar uma maior movimentação”.

Segundo Oliveira, o layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) resulta de um acordo entre a Caixa Econômica, o Ministério do Trabalho, a Casa do Trabalhador e a empresa, que visa minimizar os impactos do desemprego: “Durante seis meses os trabalhadores recebem um salário, cuja parcela máxima pode chegar a R$ 1.304,66, além do FGTS, e de cursos de qualificação”. 

Segundo o secretário, os cursos são oferecidos pela própria empresa, e ao final do período, em geral, não é incomum que os trabalhadores sejam reinseridos na empresa: “A tendência da maioria desses funcionários que estiveram nessa condição é retornarem à empresa. Essa é uma iniciativa importante para todo esse grupo de entidades e para os trabalhadores”.

Oliveira afirma que em São Carlos, no ano passado, cerca de 300 trabalhadores, de três empresas diferentes, estiveram em regime de layoff. 

BUSCA: Eliane Ramos Norberto foi uma das 400 pessoas que esteve na Casa do Trabalhador em busca de emprego ontem: “Já faz 90 dias que estou procurando emprego. Sou auxiliar de produção e de limpeza, mas a gente vem e nunca tem nada. Está difícil. Tenho vindo quase todos os dias e não encontro nada, pois não tenho qualificação, as empresas exigem experiência, não dão oportunidade”. 

A busca por emprego também foi o que motivou Marcelo José Aguiar a ir até a Casa do Trabalhador ontem: “Sou operador de máquina ou produção, mas estou há um mês parado. É a primeira vez que venho aqui”. 

Não é este o caso de Jeferson Alberto Gavioli: “Já faz uns três anos que estou parado. Sem registro trabalhei em construção civil, em lava-rápido. Já vim aqui algumas vezes, o pessoal pede para ligar [para a empresa], a gente liga, mas em geral a vaga já foi para alguém”. 

Luciano Henrique também compareceu ontem à Casa do Trabalhador em busca de emprego: “Busco para várias áreas: produção, serviços gerais. Agora estou trabalhando catando laranja, mas pelo menos uma vez por semana venho aqui para ver se aparece alguma coisa. As moças aqui até me conhecem por nome”, brinca Luciano. 

Segundo ele, a demanda pelas vagas que existem é muito grande: “Quando a gente chega para a entrevista, tem 6,7,8,9 pessoas para a mesma vaga, então ela fica para a pessoa que tem o perfil mais próximo do que eles estão procurando. Eu sempre trabalhei na roça, fiz só até o primeiro colegial, trabalhei muito sem registro. Vim aqui antes do Natal, do Ano Novo, mas vi que vou ter que ir para a laranja mesmo”, avalia.

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