28 de Abril de 2024

Dólar

Euro

Economia

Jornal Primeira Página > Notícias > Economia > Consumo não é a melhor alavanca de crescimento, avalia CNI

Consumo não é a melhor alavanca de crescimento, avalia CNI

16/12/2014 14h59 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Consumo não é a melhor alavanca de crescimento, avalia CNI

O gerente-executivo de política econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, estima como baixo o potencial do consumo interno liderar a retomada do crescimento do PIB em 2015. “Temos observado nos últimos anos uma redução no consumo da família. Não é uma característica apenas de 2014, mostrando que apenas o consumo como uma alavanca de crescimento não é o melhor. É preciso retomar os investimentos”, disse.

A entidade divulgou, nesta terça-feira, 16, a Edição Especial do Informe Conjuntural, no qual a CNI projeta queda de 0,7% no consumo em 2015, mantendo a tendência de retração verificada em neste ano, cujo recuo é de 1,4%. “Vemos uma dificuldade de manter um ritmo de crescimento da indústria. Nos anos em que se mostrou um crescimento mais vigoroso, foram nos anos em que a indústria liderou o crescimento. Então, recuperar a capacidade da indústria é o desafio que temos pela frente”, afirmou.

No documento, as projeções são negativas, o que levou o economista da CNI a definir como principal desafio do ajuste fiscal ensaiado pelo governo Dilma Rousseff a “retomada do superávit primário”.

Segundo Castelo Branco, o medo de investir diante do quadro de baixo retorno sobre aplicações em estrutura industrial, de consumo menor e de baixa estimativa de crescimento do PIB (1%) está levando o empresariado a se preparar para puxar o freio em 2015. “O empresário confiante é aquele que tem disposição e condição de investir, porque a ação de investimento requer uma ação mais confiante em relação ao futuro”, disse.

O economista apontou a necessidade de “reduzir o custo de investimento” como passo importante a ser tomado pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Castelo Branco cobrou clareza no ajuste fiscal que o governo fará, o que, segundo ele, será importante para setores como o da construção se recuperarem. “Temos que ter clara as limitações fiscais que as contas públicas nos impõe”, indicou. 

 

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x