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Dólar cai 0,48% ante real com fluxo de exportadores

04/03/2013 21h29 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Dólar cai 0,48% ante real com fluxo de exportadores

O dólar encerrou em leve queda frente ao real nesta segunda-feira, 4, revertendo a ligeira alta registrada na primeira parte do pregão, com aumento de fluxo com operações de exportação. No entanto, a incerteza no cenário externo e a vigilância do Banco Central seguraram grandes oscilações da divisa norte-americana.

 

O dólar recuou 0,48 por cento, para 1,9721 real na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,137 bilhões de dólares.

A moeda norte-americana manteve-se em leve alta ante o real durante a primeira parte da sessão, acompanhando os mercados internacionais, que recuavam com a notícia de que a China planeja medidas para esfriar o mercado imobiliário no país.

O sentimento do investidor internacional já vinha abalado desde a semana passada, após o resultado inconclusivo das eleições italianas e uma série de dados econômicos ruins na Europa e na China, além de cortes de gastos que entraram em vigor nos Estados Unidos na sexta-feira.

Durante a tarde, no entanto, cresceu a presença de exportadores no mercado brasileiro, levando o dólar a descolar-se do exterior e reverter a trajetória frente ao real. Na mínima da sessão, próximo ao encerramento dos negócios, a moeda chegou a cair 0,53 por cento, a 1,9712 real na venda.

“O fluxo começou a semana demonstrando ser um pouco mais positivo”, acrescentou Santos.

Embora a economia brasileira tenha registrado saída líquida de 2,84 bilhões de dólares até o dia 22 de fevereiro, analistas têm apontado que a tendência é que o fluxo cambial torne-se positivo com as safras de commodities agrícolas que começaram em fevereiro e ganham fôlego nos meses seguintes.

A perspectiva de maior entrada de dólares era também sustentada por apostas numa possível elevação da taxa básica de juros no médio prazo. Uma Selic mais alta atrairia capital estrangeiro para o Brasil num momento em que outros países da América Latina consideram reduzir os juros básicos.

Pesquisa da Reuters com 56 analistas mostrou que o BC deve manter a Selic em 7,25 por cento em sua reunião na próxima semana, mas pode parar de prever juros baixos por um período “suficientemente prolongado”.

“Estruturalmente, eu vejo o real numa posição de se fortalecer, já que a tendência ao longo do ano é de uma evolução mais positiva da atividade econômica e por conta do diferencial de juros”, disse o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

“Isso só não acontece porque o mercado tem receio”, completou Perfeito. “Criou-se expectativas em torno da utilização do câmbio como um instrumento de controle da inflação, o que tem feito o mercado se operar abaixo de 2 reais”.

Segundo operadores, o dólar deve continuar oscilando de acordo com o cenário internacional nas próximas sessões, mas acomodado entre os patamares de 1,95 e 2 reais — considerados por parte do mercado como limites de uma banda cambial informal definida pelo governo para conter os preços.

“O mercado deve ficar com o radar ligado no exterior”, disse Santos, da Icap. (reportagem adicional de Natália Cacioli)

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