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Dólar sobe 0,35% após sinais de fragilidade da economia

12/07/2013 21h25 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Dólar sobe 0,35% após sinais de fragilidade da economia

O dólar fechou em alta em relação ao real nesta sexta-feira, 12, diante de mais sinais de fragilidade da economia brasileira, que podem assustar os investidores estrangeiros e levá-los a retirarem seus recursos do mercado local.

 

Pesou também o movimento de valorização da divisa dos Estados Unidos no mercado externo, onde as preocupações sobre o programa de estímulos do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, foram renovadas.

O dólar avançou 0,35 por cento, para 2,2670 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume ficou em torno de 1,4 bilhão de dólares.

“O mercado está confortável com esse patamar. O problema é que o fluxo está negativo porque não tem nenhum atrativo para chamar investimento de médio e longo prazo para o Brasil”, afirmou o especialista em câmbio da Icap Corretora, Ítalo dos Santos.

O dólar registrou leves altas desde a abertura dos negócios neste pregão, que não contou com atuação do Banco Central. Os investidores se assustaram com a contração em maio do Índice de Atividade do BC (IBC-Br) – considerado espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) – de 1,4 por cento, a maior mensal desde o final de 2008 e pressionado pela fraqueza da produção industrial.

O resultado foi bem pior do que a mediana das 17 projeções de analistas consultados pela Reuters, que apontava para queda mensal de 0,90 por cento em maio.

Segundo o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, os fluxos de ingresso de dólares estão escassos e pontuais, prevalecendo movimentos de saída da moeda estrangeira. “No curto prazo, não tem nenhuma possibilidade de esse dólar voltar para 2,15 reais”, emendou.

Na noite de quinta-feira, o BC retirou uma exigência de capital em empréstimos no exterior feitos por instituições financeiras do mesmo grupo para facilitar a entrada de recursos estrangeiros no país. No entanto, a medida não surtiu efeito no dia seguinte, com o dólar subindo ante o real.

Na visão de Santos, da Icap, uma medida que o governo poderia adotar para facilitar a entrada de recursos estrangeiros seria a retirada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de empréstimos no exterior com prazo de até um ano. “Seria uma maneira de dar mais liquidez porque não temos dúvida que o dólar vai testar novos patamares de 2,30, 2,40 reais”, disse ele.

As dúvidas sobre quando o Fed vai reduzir o programa de compra de ativos, que injeta 85 bilhões de dólares mensais na maior economia do mundo, também causou apreensão no mercado de câmbio.

 

No exterior, o dólar ficou em alta justamente pela expectativa de que o Fed será o primeiro grande BC do mundo a desmontar o estímulo monetário. Sobre uma cesta de moedas, a divisa norte-americana tinha alta de 0,27 por cento, enquanto o euro caía 0,24 por cento sobre o dólar.

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