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Dólar tem queda de quase 2%

15/07/2013 20h56 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Dólar tem queda de quase 2%

O dólar recuou quase 2 por cento ante o real nesta segunda-feira, 15, a maior queda em mais de um ano, após a divulgação do crescimento econômico da China ter estimulado a demanda por ativos de países com perfil exportador de commodities, como é o caso do Brasil.

 

Mais cedo, foi divulgado que a China registrou expansão dentro do esperado, frustrando aqueles investidores que apostaram numa desaceleração mais forte da segunda maior economia do mundo.

O dólar fechou em queda de 1,88 por cento, a 2,2243 reais na venda, a maior retração desde 29 de junho do ano passado, quando o dólar caiu 3,20 por cento. O pregão foi marcado, mais uma vez, pelo baixo volume de negócios, com cerca de 1,3 bilhão de dólares, de acordo com dados da BM&F.

O crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) da China desacelerou para 7,5 por cento entre abril e junho –o nono trimestre dos últimos 10 em que a expansão enfraqueceu–, mas trazendo alívio ao mercado já que o crescimento não ficou ainda menor após a queda inesperada nas exportações em junho.

O dado chinês fez os investidores renovarem o apetite por moedas de países emergentes exportadores de commodities. Mas o recente desempenho do real pior do que seus pares devido ao fraco crescimento no Brasil, inflação elevada e flexibilização da política fiscal tornava o ajuste da moeda brasileira mais forte.

“Os dados de PIB da China reduziram temores de um ‘hard landing’ e isso favoreceu moedas de países exportadores de commodity, como o dólar australiano e o real”, afirmou o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno. “Mas como o real se desvalorizou mais recentemente, é natural que haja uma recuperação um pouco mais forte”, emendou.

O dólar australiano, neste pregão, subia cerca de 0,60 por cento ante o dólar.

As notícias vindas da China fizeram até alguns analistas a revisarem, e para baixo, suas perspectiva para o dólar ante o real no curto prazo. O Credit Suisse, por exemplo, para os próximos três meses, acredita que a divisa ficará em 2,20 reais, e para os próximos 12 meses, em 2,15 reais.

“A nossa moeda, pela instabilidade da economia interna, acaba ficando muito evidente essas variações. O fluxo de entrada acaba sendo mais forte”, disse um operador de banco que pediu anonimato.

Também contribuiu para a queda do dólar um fator técnico. Quando a cotação veio abaixo de 2,2430 reais, rompeu o piso da margem de negociação vista nos últimos sete dias e abriu espaço novas baixas, podendo levar a cotação para o novo piso de 2,1745 reais, de acordo com a consultoria Informa Global Markets.

 

O ambiente mais favorável ao risco também continuou sendo alimentado pela possibilidade de o Federal Reserve, banco central norte-americano, manter a política monetária expansionista por mais tempo, reforçada por dados mistos da economia dos EUA. As vendas no varejo veio abaixo das expectativas, mas o setor industrial do Estado de Nova York cresceu em julho.

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