Justiça bloqueia bens da Amplicabos
Uma decisão da 1ª Vara do Trabalho de São Carlos, publicada no diário oficial na última quarta-feira (14), determinou o bloqueio de bens e um valor em conta bancária, da empresa Amplicabos.
A decisão é uma medida cautelar para que sejam resguardados futuros créditos trabalhistas, referentes aos processos judiciais do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos contra a empresa, que de maneira inesperada e sem dar quaisquer explicações, demitiu cerca de 200 trabalhadores e encerrou suas atividades na cidade, no dia 07 de outubro de 2012.
De acordo com o presidente do Sindicato Erick Silva, a decisão é uma prevenção para a garantia dos direitos dos trabalhadores na Amplicabos. “A empresa agiu de má fé, pois na sexta-feira (05/10) mandou todos retirarem seus pertences dos armários porque uma dedetização seria realizada dentro da fábrica e na manhã de domingo (07/10), informa, por telefone, que estão demitidos. Isso não é postura de empresa que tem respeito pelos trabalhadores. Além disso, há direitos trabalhistas, como a estabilidade de algumas companheiras, que não foram pagos, e o Sindicato, não pode permitir isso”, explica ele.
Os processos do Sindicato reivindicam da empresa o pagamento por danos morais aos trabalhadores, pela forma de dispensa; o pagamento por tempo de estabilidade aos cipeiros, representantes da Comissão de Fábrica e gestantes; o pagamento dos intervalos irregulares de horário de refeição, que antes da intervenção do Sindicato eram feitos em apenas 30 minutos; e o pagamento de intervalo interjornadas irregulares praticados por algumas trabalhadoras.
Protesto foi realizado na sede da empresa, em São Paulo
No dia 15/10 a direção do Sindicato organizou um protesto na sede da fábrica, instalada em São Paulo. Com faixas, cartazes e panfletos, a manifestação das trabalhadoras demitidas, foi recebida por policiais que bloquearam as entradas e saídas da Amplicabos.
Nenhuma pessoa que estava dentro da empresa atendeu o vice-presidente do Sindicato, Vanderlei Strano, que acompanhou o ato das trabalhadoras.
A empresa, que é fabricante de chicotes elétricos utilizados nas linhas de eletrodomésticos e automotivas, se instalou no Distrito Industrial Miguel Abdelnur, em março de 2011.