Malagutti aposta em sucesso da Safra 2013
A safra do próximo ano deve ser de grande sucesso para o agronegócio brasileiro. O presidente do Sindicato Rural de São Carlos, o engenheiro agrônomo Eunízio Malagutti, afirma que a tendência é a da consolidação do Brasil como maior produtor global de alimentos. “Somente fatores climáticos poderão provocar fatores positivos ou negativos na próxima safra. Na agricultura propriamente dita, reunindo cafezais, grãos [ arroz, milho, feijão e soja], fruticultura e holericultura deveremos viver uma boa safra, com preços recuperados e compensadores para os produtores continuar investindo nestas atividades, que têm tido consumo crescente, pois a população ou consumidores em geral, incluem, em seus cardápios, para uma alimentação mais equilibrada”.
Para a exportação, de acordo com o especialista, o mercado global também projeta demanda crescente. Segundo ele, a monocultura canavieira também tem mercado em alta para os seus subprodutos, que são açúcar e álcool. “O que temos que lembrar é o desmantelamento da citricultura, com o abandonou da atividade pela quase totalidade dos pequenos citricultores. Até mesmo os grandes citricultores estão erradicando os laranjais para substituir esta cultura pela plantação de cana. Os laranjais deram elevados prejuízos aos doutores, e sem perspectiva de recuperação, devido à economia mundial em baixa e o elevado estoque de suco congelado pelas indústrias, que estão sem mercado”.
PECUÁRIA – Quanto ao mercado de carne bovina, Malagutti ressalta que o Brasil tem o maior rebanho do mundo, com aproximadamente 210 milhões de bovinos, que abastece o mercado de consumo interno e coloca o país como o maior exportador. “No segmento de avicultura para a produção de carne, o Brasil é o segundo maior produtor do mundo, com uma produção estimada em 14 milhões de toneladas/ano, das quais, cerca de dois terços, abastece com abundância com consumo interno e um terço para exportação, constituindo-se no maior exportador internacionalmente falando”.
Grande produtor de carne suína, o país, de acordo com Malagutti, abastece o mercado interno a preços aviltados e também se impõe como grande exportador. Quanto à produção de trigo, aproximadamente 50% do consumo interno já é oriundo de produção nacional. A outra parte é importada da Argentina.
“Como se percebe, a alimentação básica da população brasileira é quase que totalmente produção nacional. “Da importação nesta área encontramos muitos produtos considerados supérfluos, porém, já fazem parte dos hábitos alimentares”, destaca o líder ruralista.
Diante de uma economia mundial em grave crise, mas com uma população crescente, o Brasil, na análise de Malagutti, se apresenta como o maior produtor de alimentação básica para o mundo. “Isso se dá devido à existência de terras ainda disponíveis e o uso de alta tecnologia aplicada ao campo, levando-se em contra a preservação do meio ambiente em todos os sentidos”.
