Preço de hortaliças sobe 30,14% nos dois primeiros meses do ano
Uma pesquisa divulgada no dia 28 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) veio confirmar o que muitos consumidores já haviam constatado: o aumento nos preços de hortaliças e legumes.
De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), nos dois primeiros meses do ano, a variação acumulada do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou aumento de 30,14% no preço desses alimentos.
O IPC é composto pela variação nos preços dos principais produtos consumidos nos setores agrícola, industrial e de serviços, como os grupos de Transporte, Saúde e Cuidados Pessoais, Comunicação, Educação, Leitura e Recreação, Alimentação e Despesas Diversas. No entanto, neste trimestre os itens que mais se destacaram em alterações de preços foram os do setor agrícola de hortaliças e legumes.
O tomate foi o que apresentou maior alta, com 50,21% de aumento desde o início do ano, segundo o IPC-M que compõe o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).
Subiram significativamente de preço também a cenoura, a batata e a cebola. No mesmo período de 2012, o preço do tomate diminuiu 0,11%.
No acumulado dos últimos 12 meses, que vai de março de 2012 a fevereiro de 2013, os preços das hortaliças e legumes subiram 74,82%. A inflação média acumulada pelo IPC no período que foi 1,28%.
De acordo com o professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo, campus Ribeirão Preto, Mauricio Jorge Pinto de Souza, sazonalmente é comum esse aumento de preços nos primeiros meses do ano, principalmente em função do calor e da intensidade das chuvas.
“No caso das verduras e legumes, as chuvas deixam a terra muito molhada, o que dificulta o plantio e a colheita. Adicionalmente, no período de chuvas é comum também aparecer fungos e bactérias nas plantações o que diminui a oferta”, comenta Souza.
Ainda de acordo com o professor, a elevação do preço dos combustíveis, também impacta o preço do frete e acaba sendo transferida para o preço dos produtos agrícolas.
A tendência é que este fenômeno não dure por muito tempo, pois no outono, o clima é mais ameno e a oferta do fruto cresce contribuindo para preços mais baixos.
Para os consumidores, Souza dá a dica para que durante esses períodos de preços elevados. “Os consumidores procurem substituir os produtos que apresentaram maiores elevações de preços, bem como, ficar atentos a promoções e preços mais competitivos aplicados em feiras de hortifruti”.
