Prominas investe R$ 3 milhões em equipamento inédito no Brasil
Com 80% das suas peças de origem nacional, equipamento de manutenção de poços de petróleo, projetado e desenvolvido pela Prominas e lançado na última sexta (24), é único no país: “Nós não inventamos a roda. Esse é um conceito de máquinas que existe no mercado hoje. O que nós fizemos foi verificar o que é produzido, montamos algo semelhante e investimos na diminuição de acidente, na facilitação de manutenção e da operação. E aí está a inovação do nosso produto”, explica Ubiraci Moreno, diretor-presidente da empresa.
Ao todo, o investimento no desenvolvimento do projeto e na construção do protótipo foi da ordem de R$ 3 milhões, e sua criação partiu de um desafio real colocado pela Agência Nacional do Petróleo: “A ANP está exigindo que todos os produtos utilizados na área de petróleo no Brasil , seja na perfuração, seja na manutenção, seja no transporte, tenha conteúdo local. É uma forma de estimular a indústria nacional”. Alertada, a Petrobrás acionou seus serviços terceirizados, que por sua vez começaram a tentar se adequar a essa exigência: “E um desses terceirizados nos procurou para desenvolvermos esse projeto”, explica Moreno, que afirma ser o objetivo da Prominas alcançar 92% de nacionalização nos próximos equipamentos desse tipo.
O equipamento tem 29 metros (altura de um prédio de 10 andares), alcança uma profundidade de 5 mil metros e tem um poder de carga de 100 toneladas. Parte do projeto foi desenvolvido por profissionais da Universidade de São Paulo: “O cálculo foi terceirizado para USP, que tem um software chamado “elementos finitos”. Ele simula tudo que pode ter de anormalidade na hora da operação do equipamento pra ver se a torre suporta”, diz Moreno.
Segundo o deputado federal Newton Lima, que esteve presente no lançamento do equipamento “O que nós estamos vendo aqui é inovação e qualidade da mão de obra, porque a Prominas é um exemplo de uma empresa de ponta que desenvolve em parceria, inclusive com universitários, os seus produtos, e tem um conjunto de profissionais absolutamente adequados e competentes para fazer o que está fazendo”.
Como a Prominas é a única no país com a capacidade de produzir o equipamento, Ubiraci Moreno espera que o próximo equipamento ficará pronto daqui a 4 meses, e calcula que outras 28 máquinas devam ser produzidas, já que o mercado brasileiro necessita atualmente de um montante que gira em torno desse número.
Deu bandeira
Dois dias antes do lançamento do equipamento, um detalhe saltou aos olhos da equipe que organizava o evento: “Nos lembramos que todo o esforço que houve aqui foi pra transformar esse equipamento num produto brasileiro. Daí, tivemos a idéia de colocar uma bandeira do Brasil no alto da torre. Busquei a bandeira que ganhei de presente do Exército, e só subimos a torre depois que a colocamos”, explica o diretor-presidente da empresa.
